Como uma aposta da GM na China gerou uma perda de US$ 5 bi nos negócios

Montadora americana espera reduzir o valor de suas operações da joint-venture na China, a SAIC, em até US$ 2,9 bilhões

Employees inspect vehicles in the weld shop at the SAIC-GM-Wuling Automobile Co. Baojun Base plant, a joint venture between SAIC Motor Corp., General Motors Co. and Liuzhou Wuling Automobile Industry Co., in Liuzhou, Guangxi province, China, on Wednesday, May 23, 2018. GM and its partners sold 4 million vehicles in China in 2017, about 1 million more than the automaker sold in the U.S. Photographer: Qilai Shen/Bloomberg
Por David Welch
04 de Dezembro, 2024 | 04:57 PM

Bloomberg — A General Motors (GM) anunciou que incorrerá em mais de US$ 5 bilhões em encargos e baixas contábeis vinculados às suas operações na China, à medida que a montadora tenta salvar seus negócios, outrora lucrativos, no maior mercado de automóveis do mundo.

A montadora espera reduzir o valor de suas operações de joint-venture na China em até US$ 2,9 bilhões, disse em uma declaração de valores mobiliários nesta quarta-feira (4), o que pode ter provocado uma queda superior a 1% nos papeis da companhia.

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A empresa também terá outros US$ 2,7 bilhões em encargos para custos de fechamento de fábricas e reestruturação de suas operações na China.

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As medidas marcam o ponto culminante de anos de declínio no mercado por parte da montadora de Detroit e de sua parceira chinesa, a SAIC. As montadoras chinesas floresceram graças aos subsídios do governo e a uma enxurrada de novos modelos que os consumidores compraram.

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A China tem apoiado suas montadoras domésticas em uma tentativa de torná-las os participantes dominantes no país e uma força no setor automotivo global.

Isso forçou as montadoras estrangeiras a recuar. Nos últimos seis anos, montadoras americanas, japonesas, coreanas e europeias fecharam ou venderam fábricas e se afastaram de joint ventures.

A GM não foi poupada dessa pressão. A empresa perdeu US$ 347 milhões na China durante os primeiros nove meses deste ano, depois de registrar um lucro anual de US$ 2 bilhões em 2017.

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Antes da baixa contábil anunciada na quarta-feira, a GM avaliou sua participação em sua joint venture com a SAIC em US$ 6,4 bilhões no final de 2023, de acordo com um documento separado. O valor mais baixo de seu empreendimento com a SAIC é um reconhecimento de que os negócios da GM na região não produzirão mais o tipo de lucro que tinham anteriormente.

O encargo de US$ 2,7 bilhões está vinculado a um plano de reestruturação do empreendimento que fará com que a GM feche fábricas e corte modelos de veículos não rentáveis.

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A maior parte desse montante será reconhecida no quarto trimestre, de acordo com o relatório da GM. O encargo e a baixa contábil não afetarão os lucros ajustados da GM.

Apesar das dificuldades na China, a GM e a SAIC acreditam que o empreendimento pode voltar a ser lucrativo, disse o porta-voz da GM, Jim Cain, em um e-mail. A empresa espera que as operações também sejam capazes de seguir em frente sem investimento de capital adicional da GM, disse ele.

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