Chery estuda fazer IPO de US$ 7 bilhões de unidade de automóveis em Hong Kong

Segundo fontes da Bloomberg News, grupo busca contratar bancos para fazer a abertura de capital da Chery Automobile

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Bloomberg — A Chery Holdings considera realizar uma oferta pública inicial de ações em Hong Kong para sua unidade automotiva, que poderia avaliá-la em cerca de 50 bilhões de yuans (US$ 7,1 bilhões), de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.

O grupo busca contratar bancos para o potencial IPO da Chery Automobile, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas já que a informação não é pública.

As conversas estão em andamento e detalhes como o tamanho do IPO podem mudar, disseram as pessoas.

Um representante da Chery não fez comentários imediatos sobre o assunto.

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A Chery Auto é uma das maiores exportadoras de carros da China e uma das poucas não listadas. É um ativo essencial para o Chery Group, que também está envolvido em serviços financeiros e imóveis.

A Chery já havia considerado um IPO na China continental para a montadora, informou a Bloomberg News no ano passado.

Após anos de volumes em queda, o mercado de IPO de Hong Kong parece estar perto de uma tentativa de recuperação, auxiliado pelas promessas de estímulo de Pequim no mês passado, que fizeram as ações chinesas dispararem. IPOs no hub financeiro levantaram US$ 7,2 bilhões até agora neste ano, mostram dados compilados pela Bloomberg.

Fundada em 1997, a Chery Auto vende carros sob as marcas Chery, Tiggo e Arrizo na China e no exterior, de acordo com seu site.

Ela tem procurado expandir suas instalações de produção globalmente, inclusive na Europa. No Vietnã, pretende iniciar a produção em massa na primeira fase de uma planta de US$ 800 milhões até o final de 2025.

No Brasil, os carros são montados e comercializados pela Caoa Chery, empresa formada depois de que o grupo Caoa adquiriu 51% da operação da Chery no país em 2017.

A Chery Auto disse no ano passado que planejava criar subsidiárias na Europa para vender diretamente a clientes no Reino Unido, Alemanha e França.

Desde então, a empresa adiou em um ano a meta de levar a produção de veículos elétricos para a Europa, depois que a União Europeia impôs tarifas sobre importações de veículos elétricos da China.

-- Com informações da Bloomberg Línea sobre a atuação da empresa no Brasil.

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