CEO da Rio Tinto, concorrente da Vale, vê demanda chinesa por aço próxima do pico

Em entrevista à Bloomberg News, Jakob Stausholm afirma que as décadas de rápido crescimento do consumo de aço no país estão chegando ao fim

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Bloomberg — O consumo de aço na China está perto de atingir o limite, e a demanda no ano que vem deve ficar próxima do nível de 2023, segundo a Rio Tinto, mineradora anglo-australiana que é a principal concorrente da Vale (VALE3) no mercado internacional.

O apetite por minério de ferro, principal matéria-prima siderúrgica, aumentou nos últimos meses apesar da crise imobiliária na China. Mas as últimas duas décadas de rápido crescimento do consumo de aço provavelmente estão chegando ao fim, segundo o CEO da gigante da mineração, Jakob Stausholm.

“Prevemos que o pico da demanda por aço na China está prestes a ser alcançado”, disse o executivo em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York. “Não porque a economia chinesa não esteja crescendo, mas apenas por causa da maturidade que atingiu.”

A rival BHP estima que a produção anual de aço da China se estabilizou em um patamar pouco acima de um bilhão de toneladas por ano, que se estenderá até 2024. Analistas da Capital Economics estimam que demanda e oferta provavelmente atingiram o pico em 2020.

Na semana passada, o minério de ferro foi negociado na cotação mais alta desde abril, a US$ 123,75 a tonelada, e tem se mantido acima de US$ 100 quase o ano todo, apesar das ondas de preocupações com o setor imobiliário chinês, que costuma responder por cerca de 40% da demanda por aço.

-- Com a colaboração de Thomas Biesheuvel, Yvonne Yue Li e Andrew Janes.

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