Bloomberg — A Prada não está em busca de grandes aquisições no momento, pois a empesa italiana de moda quer focar no desenvolvimento de suas próprias marcas, disse o CEO Andrea Guerra.
“Nossa tarefa hoje é nutrir nossas marcas”, disse ele em um evento em Veneza nesta segunda-feira (20). No campo de fusões e aquisições, “não tenho novidades”, afirmou ele.
A especulação tem agitado o setor da moda desde que o ícone do design Giorgio Armani insinuou recentemente possíveis mudanças para sua empresa quando ele não estiver mais no comando.
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Armani, que está perto de completar 90 anos, disse à Bloomberg News no mês passado que não descartaria uma fusão após sair de cena.
Os comentários abalaram a indústria de luxo italiana, em que muitas empresas ainda são independentes e controladas por famílias, incluindo Salvatore Ferragamo, Moncler e Ermenegildo Zegna.
Muitos deles não possuem a escala de poderosos rivais franceses como LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton e Kering.
Apesar de descartar grandes movimentos para o grupo no curto prazo, Guerra disse que espera mais atividade de M&A na indústria nos próximos anos. “Daqui a dois, três, cinco anos, muitas coisas acontecerão, haverá uma consolidação”, disse ele, sem detalhar possíveis players.
Nos últimos anos, a Prada comprou uma participação na Superior e se uniu ao Zegna para investir na italiana Filati Biagioli Modesto, fabricante de caxemira, e na especialista em malhas Luigi Fedeli e Figlio Srl.
Guerra disse no início deste mês que a Prada continua empenhada em investir na Itália e que a estratégia de agrupar fornecedores menores pode ajudar a construir escala e adicionar estabilidade.
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