Bloomberg — O CEO da International Paper (IP) viajou a Londres para reafirmar o compromisso de sua empresa com a aquisição com a DS Smith e minimizar uma oferta de aquisição da Suzano (SUZB3), que ameaça inviabilizar o acordo de £ 5,8 bilhões (US$ 7,4 bilhões), de acordo com pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg News.
Andrew Silvernail, que assumiu o cargo de CEO da IP, com sede em Memphis, no Tennessee, no início de maio, se reuniu recentemente com Miles Roberts, o presidente-executivo da DS, empresa de embalagens que tem sede em Londres, bem como com os principais acionistas da empresa, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões são confidenciais.
A International Paper concordou em abril em comprar a DS Smith numa transação integral de ações, mas uma eventual aquisição da IP pela Suzano ameaça frustrar o negócio.
Entretanto, a Suzano, o maior produtor mundial de celulose, trabalha em uma oferta revisada pela International Paper, disseram as pessoas, depois que a empresa norte-americana rejeitou uma proposta informal anterior que avaliou a empresa em quase US$ 15 bilhões.
David Feffer, presidente e membro da família que controla a Suzano, está entusiasmado com um acordo com a International Paper e esteve pessoalmente envolvido na elaboração da proposta, disseram as pessoas.
Suzano, DS e IP não comentam.
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Até agora, o CEO Andrew Silvernail e a IP rejeitaram as propostas da Suzano, caracterizando a oferta inicial de US$ 42 por ação como muito baixa.
Há dúvidas sobre até que ponto a empresa brasileira pode aumentar a oferta sem prejudicar sua classificação de crédito. A IP irá provavelmente rejeitar qualquer oferta abaixo da marca de US$ 50, disseram as pessoas.
Ainda assim, quanto mais a Suzano se propuser a pagar, maior será a pressão dos acionistas da IP sobre a administração da companhia para negociar com a empresa brasileira, disseram as pessoas.
As ações da IP disparram mais de 20% desde 6 de maio, dia em que a proposta da Suzano pela empresa foi divulgada pela primeira vez.
Uma aquisição da IP pela Suzano criaria uma potência de papel e celulose que lidaria com todas as etapas da produção, desde o plantio de árvores de eucalipto até a distribuição de caixas de papelão ondulado, com operações que abrangem da América do Norte ao Japão.
A Suzano já controla quase um terço da capacidade global de celulose de fibra curta, uma matéria-prima essencial para papel higiênico e de escrita.
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