CEO da Bulgari mira mercado da Índia como a nova fronteira para produtos de luxo

Em entrevista à Bloomberg TV, Jean-Christophe Babin, avalia que o crescimento da demanda na Índia pode impulsionar o mercado de luxo e compensar a retração na China

Bulgari
Por Bloomberg News
02 de Dezembro, 2024 | 04:00 PM

Bloomberg — A Bulgari, joalheria de propriedade da LVMH, passou a mirar o mercado da Índia para atenuar os efeitos da queda da demanda de luxo na China em meio a uma desaceleração econômica.

A Bulgari expandiu sua presença na Índia para tirar proveito do forte crescimento e da demografia favorável, disse o CEO da Bulgari, Jean-Christophe Babin, em uma entrevista à Bloomberg TV.

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O site da marca lista 13 butiques ou varejistas oficiais na Índia.

“Vemos mais demanda por produtos de luxo por vir nos próximos meses ou anos, o que impulsionará a Índia, se não entre os três primeiros, mas provavelmente entre os cinco ou oito maiores mercados do mundo”, disse Babin.

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Os gigantes globais do luxo, desde a LVMH até a Kering, viram suas vendas na China caírem nos primeiros nove meses deste ano, à medida que a economia luta para se recuperar de uma crise imobiliária.

A Bulgari aumentará sua presença no e-commerce na China nos próximos dois anos para alcançar mais clientes de luxo em cidades menores, em vez de abrir novas lojas físicas, disse Babin.

O excesso de oferta de imóveis e o excesso de capacidade de produção do país podem levar vários anos para serem absorvidos antes que a economia se recupere, disse ele.

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A ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas sobre a China cria incertezas adicionais sobre a economia.

Babin disse, no entanto, que vê pouco impacto no setor de luxo, já que a maioria dos produtos de moda importados pela China vem de países europeus como França e Itália.

Babin minimizou a desaceleração do setor de luxo, dizendo que a fraqueza relativa deste ano se deve, em parte, a comparações com um 2023 excepcionalmente forte, quando a demanda foi alimentada pela poupança acumulada por consumidores durante os anos de confinamento da covid-19.

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