Bloomberg — A BMW espera que a escalada dos conflitos comerciais entre os EUA, a Europa e a China custe à montadora cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) este ano, disse o CEO Oliver Zipse.
“Não acreditamos que todas essas tarifas durem muito tempo, embora algumas delas possam durar mais”, disse Zipse na sexta-feira em uma entrevista à Bloomberg Television. Com uma estimativa de custo de 1 bilhão de euros, “estamos bastante seguros”, acrescentou.
A BMW e outras montadoras europeias estão se preparando para ver a extensão total das tarifas planejadas pelo presidente Donald Trump sobre os veículos importados para os EUA.
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As taxas ameaçam atingir não apenas os carros fabricados na Europa, mas também os produzidos em fábricas no México e no Canadá, onde as montadoras operaram durante anos sob acordos comerciais anteriores.
A BMW já enfrenta tarifas sobre os veículos que produz em sua fábrica em San Luis Potosi, no México, para exportação para os EUA. Trump adiou as tarifas para empresas em conformidade com o acordo comercial USMCA, mas a BMW não cumpre as regras de conteúdo local.
Ao mesmo tempo, a BMW está sendo atingida pelas tarifas da União Europeia sobre veículos importados da China, onde sua marca Mini produz um carro elétrico e um SUV. A BMW se uniu aos fabricantes chineses para contestar as taxas no tribunal.
“Se você exagerar nas tarifas, isso terá uma espiral negativa para todos os participantes do mercado”, disse Zipse. Não há “vencedores nesse jogo”.
-- Com a ajuda de Wilfried Eckl-Dorna.
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