CCR contrata bancos para vender 20 aeroportos na América Latina, segundo fontes

Gigante de infraestrutura quer levantar até R$ 10 bi nos próximos anos e trabalha com Lazard e Itaú BBA para a venda dos aeroportos, enquanto Goldman Sachs e BTG Pactual têm mandato para ativos de mobilidade

A CCR tem 17 aeroportos no Brasil e outros três em Equador, Costa Rica e Curaçao, com um total de 43 milhões de passageiros por ano
Por Vanessa Dezem - Vinicius Andrade - Rachel Gamarski
11 de Março, 2025 | 03:21 PM

Bloomberg — A CCR contratou quatro bancos para estruturar a venda de 20 aeroportos na América Latina e de fatias em cinco outros ativos de mobilidade no Brasil, segundo pessoas com conhecimento direto do assunto que falaram com a Bloomberg News.

A companhia trabalha com Lazard e Itaú BBA para a venda dos aeroportos, enquanto Goldman Sachs e BTG Pactual têm mandato para os ativos de mobilidade, disseram as pessoas, que pediram anonimato para falar de assuntos privados.

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A CCR prtetende levantar até R$ 10 bilhões nos próximos anos, como parte da reestruturação do seu portfólio, para pagamento de dívida e aumento de investimento em áreas estratégicas.

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A venda de ativos começará com os aeroportos e a companhia espera fechar negócio até o fim do ano.

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A CCR tem 17 aeroportos no Brasil e outros três em Equador, Costa Rica e Curaçao, com um total de 43 milhões de passageiros por ano. Os ativos fora do Brasil representam mais de 60% do lucro da unidade.

Ao menos seis companhias estão interessadas nos ativos, disseram as fontes.

BTG Pactual e Goldman trabalham para vender uma fatia minoritária nos ativos de mobilidade, incluindo metrôs e ferrovias, disseram as pessoas, acrescentando que um acordo é esperado apenas em 2026.

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Goldman Sachs e Itaú não comentaram, Lazard e BTG Pactual não responderam imediatamente ao pedido de comentário feito pela Bloomberg News.

Mais de 70% do Ebitda ajustado da companhia vem das rodovias. A CCR decidiu focar no Brasil e em seus grandes centros - ela tem 35% do market share do setor. Ativos de mobilidade urbana seguem entre as prioridades da CCR.

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O processo de venda dos ativos ainda está em estágio inicial e a companhia ainda não fechou um modelo para a transação, mas a opção preferida dos administradores é a venda total da plataforma de aeroportos, disse uma das pessoas.

As ações da CCR reduziram a queda após a publicação da notícia da Bloomberg News. Os papéis saltaram 12% neste ano, quando a companhia acelerou o processo de desinvestimento, enquanto o Ibovespa subiu 2,5%. As ações da companhia caíram 28% no ano passado.

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