Bloomberg — A Qatar Investment Authority está comprando uma participação na equipe de corrida de Fórmula 1 da Audi, juntando-se a outros fundos soberanos do Golfo que têm canalizado sua vasta riqueza para franquias esportivas globais.
O fundo de US$ 510 bilhões concordou em adquirir uma participação acionária “minoritária significativa” na Sauber, a empresa que supervisiona a oferta da Audi para participar do circuito de corrida, de acordo com um comunicado conjunto na sexta-feira (29).
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O acordo dá à Audi capital para construir sua equipe e infraestrutura em seus locais de desenvolvimento da F1 em Neuburg, na Alemanha, e em Hinwil, na Suíça. A Audi está se preparando para entrar na competição em 2026, quando os regulamentos mudarem para aumentar o uso de e-combustíveis e garantir maior propulsão elétrica.
O Catar é um dos principais acionistas da Volkswagen, controladora da Audi, e espera-se que o investimento na F1 aumente ainda mais os laços.
O compromisso da nação do Golfo com as ambições de corrida da Audi ocorre no momento em que a Volkswagen passa por uma grande reestruturação devido à desaceleração econômica, ao aumento dos veículos elétricos e à crescente concorrência da China.
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Usando suas enormes reservas financeiras, o Catar gastou bilhões de dólares nas últimas décadas para expandir sua influência global em diferentes setores, desde esportes até marcas de luxo. É um dos vários estados do Golfo a sediar eventos de grande prêmio, com sua própria corrida em Doha ocorrendo neste fim de semana.
O Catar é proprietário do Paris Saint-Germain, sediou o torneio de futebol da Copa do Mundo de 2022 e fez vários outros investimentos de alto nível - desde padel até uma empresa dos EUA que possui várias franquias, incluindo uma equipe da NBA.
Seus vizinhos ricos em petróleo, Arábia Saudita e Abu Dhabi, também são ativos nos setores esportivos globais, possuindo equipes da Premier League e a liga de golfe LIV.
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