Bloomberg — O Carrefour explora uma aquisição privada da fatia de 32,6% que não possui do Atacadão, a sua subsidiária no Brasil que opera no modelo de “atacarejo”, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram com a Bloomberg News.
A empresa listada em Paris tem trabalhado com assessores financeiro em um possível acordo para adquirir as ações do Atacadão (CFRB3) que ainda não possui, disseram à Bloomberg News as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações são privadas.
Mais tarde, o Carrefour Brasil confirmou a proposta em fato relevante ao mercado.
“O Grupo Carrefour Brasil anunciou que o seu acionista controlador, o Carrefour S.A. (França), apresentou uma proposta para converter a empresa em subsidiária integral, com a consequente deslistagem da empresa do Novo Mercado”, disse a companhia no comunicado.
“A proposta inclui a incorporação das ações da empresa em uma sociedade brasileira detida pelo Carrefour S.A.”
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A proposta oferece aos acionistas da empresa a opção de receber um pagamento em dinheiro ou ações do Carrefour S.A. em troca de suas ações.
O valor da oferta é de R$ 7,70 por ação, o que representa um prêmio de 32,4% em relação ao preço médio ponderado por volume das ações da empresa no mês anterior.
A unidade brasileira, que abriu capital na B3 em 2017, tem um valor de mercado de cerca de US$ 2,4 bilhões (R$ 15 bilhões) na B3.
Nesta terça-feira (11), as ações do Carrefour Brasil - como também é conhecido o Atacadão - subiram 10,08%, na maior alta do dia no Ibovespa.
Segundo a Bloomberg News, a Península, empresa de investimentos da família Diniz com 7,3% do capital do Carrefour Brasil, confirmou que pretende aderir à oferta do Carrefour e se tornar acionista do grupo francês.
O Carrefour francês possui 67,4% do Atacadão, de acordo com dados no site de Relações com Investidores do grupo.
Representantes do Carrefour e do Atacadão não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Bloomberg News.
A Bloomberg News noticiou em novembro passado que o Carrefour estava nos estágios iniciais de estudos sobre maneiras de aumentar o seu valor de mercado, mais de três anos após a Alimentation Couche-Tard ter abandonado as negociações para se fundir com a empresa.
Veja mais em Bloomberg.com
- Matéria atualizada às 19h com o fato relevante do Carrefour Brasil.
- Com informações da Bloomberg Línea.
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