BTG Pactual retoma M&A e compra Magnetis, gestora digital que atende alta renda

Banco de investimento faz aquisição que acelera ganho de escala de suas plataformas digitais voltadas para o varejo, além de acesso a tecnologia nesse caso

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Bloomberg Línea — O BTG Pactual voltou ao mercado para aquisições e acertou a compra da Magnetis, uma gestora 100% digital que faz uso de robô-advisors para definir estratégias de alocação e que é considerada pioneira nesse segmento no país. O valor da transação não foi revelado.

Segundo o banco em comunicado nesta noite de terça-feira (22), a aquisição faz parte da estratégia de expansão das plataformas digitais do banco, com aumento da base de clientes e avanço na oferta de produtos e serviços para pessoas físicas.

A Magnetis, fundada por Luciano Tavares e que começou a operar em 2015, conta atualmente com 56 profissionais. O volume de ativos sob gestão não foi divulgado.

A empresa, que também opera como corretora e atende clientes de alta renda, tem como principais investidores Monashees, Vostok Emerging Finance, Redpoint eventures e Julius Baer, um dos maiores grupos do mundo em gestão de patrimônio, que vendem agora suas participações.

Sergio Furio, fundador e CEO da Creditas, e Guilherme Horn, foram outros investidores da startup.

“A compra da Magnetis vai nos trazer ainda mais ganhos de escala, ampliando nossa base de clientes. Teremos mais diluição de custos com ganhos de eficiência, sinergia e produtividade”, disse Marcelo Flora, sócio responsável pelas plataformas digitais do BTG Pactual (BPAC11), em comunicado.

O executivo tem liderado essa estratégia nos últimos anos, que representou a entrada do banco de investimento no segmento de varejo por meio de canais digitais. O investimento no desenvolvimento da plataforma digital consumiu mais de R$ 1 bilhão, e os negócios ampliam a capacidade de rentabilização da operação.

Entre 2020 e 2022, antes da virada do mercado com o aumento das taxas de juros, o BTG comprou a Ourinvest, a Necton Investimentos, a Elite Investimentos, a EQI (49%), o Grupo Universa (de Empiricus e Vitreo) e da Kinvo, além das carteiras de clientes pessoas físicas da Fator Corretora e da Planner. Em 2017, havia adquirido a Network Partners, entrando na distribuição por meio de agentes autônomos.

Houve também a compra de participações de escritórios de agentes autônomos, sempre relacionadas com a ampliação da capacidade de distribuição das plataformas.

“A partir dessa aquisição [da Magnetis], o banco terá acesso a um conjunto de soluções de tecnologia e sistemas que vem sendo desenvolvidos há mais de dez anos, razão pela qual a empresa tem sido reconhecida pela mídia local como uma das principais wealth techs do Brasil”, disse Flora.

“Com a aquisição, poderemos oferecer um pacote de soluções ainda mais completo”, disse Tavares, que foi executivo e VP do Merrill Lynch e fundou a Nest Investimentos antes da Magnetis, em comunicado.

Em outra frente, o BTG Pactual também comprou participações, principalmente, de assets como Clave, Perfin, Canuma, Ryo, Absolute e Kawa Capital, relacionadas à estratégia da capacidade de gestão.

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