BRF compra fábrica na China por US$ 43 mi para expandir operação global

Dona de Sadia e Perdigão firma acordo com subsidiária do grupo americano OSI, um dos maiores fornecedores do McDonald’s, para adquirir a fábrica Henan Best Foods na província de Henan

Dona da Sadia e Perdigão firma acordo para adquirir a fábrica Henan Best Foods na província chinesa de Henan
20 de Novembro, 2024 | 05:31 PM

Bloomberg Línea — A BRF (BRFS3), conhecida pelas marcas Sadia e Perdigão e comandada pelo CEO Miguel Gularte, anunciou nesta quarta-feira (20) um acordo com a Henan Best Foods para a compra de uma fábrica de processados na China por US$ 43 milhões, segundo um comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A Henan Best Foods é uma subsidiária da OSI Group, uma empresa norte-americana que atua no processamento de alimentos, da família Lavin, e é conhecida como um dos maiores fornecedores da rede de fast food McDonald’s. A fábrica está localizada na província de Henan, na região central da China.

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O negócio vem no momento em que o segmento internacional se tornou o grande destaque dos resultados da companhia, um dos maiores frigoríficos do mundo, refletindo a aquecida demanda global, uma taxa de câmbio favorável e um baixo custo de aquisição de insumos (grãos).

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O contrato vinculante foi firmado com a BRF GmbH, subsidiária integral do frigorífico brasileiro. O fechamento da operação depende da aprovação de autoridades regulatórias e da reorganização societária dos ativos que constituem a unidade, segundo a BRF.

A fábrica, construída em 2013, possui duas linhas para processamento de alimentos, com capacidade de 28 mil toneladas por ano e possibilidade de expansão para duas linhas adicionais, informou o comunicado.

“Após a expansão, cujo investimento é previsto em cerca de US$ 36 milhões, é esperada uma produção de 60 mil toneladas/ano. Além disso, é estimado que cerca de 850 postos de trabalho adicionais sejam gerados na fábrica”, escreveu Fabio Luis Mendes Mariano, CFO da BRF.

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A aquisição é anunciada após o frigorífico entregar um Ebitda de terceiro trimestre que superou em 2% o consenso de estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg.

“O mercado internacional continuou a ser responsável pela maior parte da surpresa nos lucros (com uma impressionante lucratividade de 22,2%), enquanto o Brasil sustentou uma sólida margem Ebitda de 16,6%”, avaliaram os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, em relatório do Goldman Sachs no último dia 13.

As ações da BRF acumulam valorização de 77% desde o início do ano, sendo a companhia avaliada em R$ 41,1 bilhões na B3. O Ibovespa tem queda de 4,76% no mesmo período.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.