Bloomberg Línea — O Bradesco (BBDC4) confirmou a tendência apresentada pelos balanços de seus pares e reportou uma leve melhora dos indicadores de inadimplência no terceiro trimestre. O resultado, divulgado na noite desta quinta-feira (9), também apontou um lucro líquido de R$ 4,6 bilhões, alta de 2,3% em três meses, mas queda de 11,5% em 12 meses.
Os atrasos de pagamentos de clientes entre 15 e 90 dias foram equivalentes a 4,1% da carteira, melhora de 0,3 ponto percentual em três meses, enquanto os de prazos mais extensos (acima de 90 dias) terminaram o trimestre em 5,6%, queda de 0,1 ponto percentual. Mesmo com o recuo, esse último índice está acima do registrado pelo sistema financeiro, de 3,50%.
“A política de concessão de crédito está produzindo safras com maior qualidade, permitindo a intensificação da atividade comercial. Com isso, elevamos os níveis de produção e a capacidade de geração de receitas com uma melhor inadimplência de curto prazo pelo segundo trimestre consecutivo, bem como a inadimplência de novas safras orbitando nos menores níveis históricos”, informou o banco em relatório.
Segundo o banco, a carteira de crédito (R$ 877,5 bilhões) se manteve estável no período, enquanto a rentabilidade medida pelo ROA (retorno sobre o patrimônio) ficou em 11,3%, alta de 0,2 ponto percentual em três meses.
A margem financeira somou R$ 15,9 bilhões, queda de 4,2% em três meses e de 2,6% na base anual.
As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 9,1 bilhões, alta de 4,1% em três meses e 2,9% em 12 meses. O Bradesco apontou ainda uma redução de 10,9% nas despesas com PDD (provisões para devedores duvidosos).
“A margem com o mercado continua em trajetória de recuperação e apresentou resultado positivo nesse trimestre, e o desempenho da margem com clientes reflete os atuais níveis de produção com uma dinâmica de crédito mais restritiva”, citou o relatório.
Entre os destaques mencionados, o banco informou ter fechado o trimestre com mais de 71 milhões de clientes e que ampliou sua presença no mercado por meio de uma parceria de exclusividade com a Amazon para o lançamento do primeiro cartão de crédito no país da big tech, além da disponibilização de contas internacionais.
Além do Bradesco, o dia também foi marcado pela divulgação do resultado do Banco do Brasil (BBAS3), que lucrou R$ 8,8 bilhões (+4,5% em 12 meses), com ROE de 21,3% e aumento anual de 10% da carteira de crédito (R$ 1,07 trilhão). No banco estatal, o índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 2,81%.
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