Bosch cortará 5.500 empregos no mundo diante de excesso de capacidade produtiva

A maior empresa de componentes automotivos do mundo em receitas disse que eliminará 3.800 vagas na Alemanha, seu país natal, além de 1.700 em outros mercados

A Bosch é a mais nova empresa do setor automotivo a anunciar o impacto da crise global de queda na demanda
Por William Wilkes
22 de Novembro, 2024 | 12:58 PM

Bloomberg — A fornecedora de peças Robert Bosch planeja cortar 5.500 postos de trabalho em todo o mundo, principalmente na Alemanha, no que é o mais recente golpe no setor automotivo do país, agora em crise.

A Bosch, o maior fornecedor automotivo do mundo em termos de receitas, cortará cargos relacionados a produtos de direção automatizada e direção de automóveis na Alemanha, de acordo com uma declaração do sindicato IG Metall.

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Uma porta-voz da Bosch confirmou que a empresa pretende eliminar 5.500 postos de trabalho em todo o mundo, incluindo 3.800 postos na Alemanha.

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“A indústria automotiva sofre com um excesso de capacidade significativo”, disse a Bosch em um comunicado, acrescentando que o número real de reduções será determinado em negociações com representantes dos trabalhadores.

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“A concorrência e a pressão sobre os preços continuaram a se intensificar.”

A Bosch, de capital fechado, é um dos maiores nomes do setor automotivo, com seus componentes sendo utilizados em praticamente todos os 1,5 bilhão de veículos em operação no mundo.

A empresa fabrica “tudo”, desde velas de ignição até software de direção automatizada, e investiu pesadamente em novas tecnologias, mas sofre com a queda na demanda por carros novos.

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A produção de automóveis na Europa ainda não recuperou os níveis de pico pré-pandemia de cerca de 16 milhões de veículos por ano, e os executivos estão reduzem suas operações para se preparar para uma demanda permanentemente menor.

Os cortes planejados pela Bosch são o mais recente sinal da dor que se espalha pela indústria de peças automotivas, um setor que emprega cerca de 1,7 milhão de trabalhadores em toda a União Europeia.

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Empresas como a Continental e a ZF Friedrichshafen, bem como uma série de companhias menores, têm reduzido o número de empregos em resposta à desaceleração da demanda.

As montadoras automotivas também estão reduzindo seu quadro de funcionários.

Na quarta-feira (20), a Ford Motor anunciou planos para eliminar mais de 4.000 empregos na Europa, ou cerca de 14% de sua força de trabalho local.

A Volkswagen considera medidas que incluem o fechamento de fábricas na Alemanha, o que seria uma medida inédita em sua história. A Mercedes-Benz também planeja cortes de custos.

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