Bloomberg — Pela primeira vez em quase dois anos, a Boeing entregou mais jatos em um mês do que a Airbus, à medida que a fabricante de aviões começa a se recuperar de uma longa greve e de anos de turbulência.
A fabricante norte-americana entregou 45 aeronaves em janeiro, incluindo 40 de seus modelos 737 Max, de acordo com o site da Boeing. Isso superou os 25 jatos entregues por sua rival europeia Airbus, marcando a primeira vitória mensal da Boeing desde março de 2023.
O número da Boeing foi a maior desde dezembro de 2023, dando à empresa seu melhor início de ano desde 2019, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Intelligence. Isso foi pouco antes de uma paralisação global de seu 737 Max e a pandemia de Covid-19 colocarem o fabricante de aviões em crise.
Leia também: CEO da Boeing prevê retomada da produção do 737 em 2025 para além do ‘teto do governo’
Janeiro marcou o primeiro mês completo de produção na Boeing desde que 33 mil trabalhadores horistas da fábrica deixaram o emprego em setembro. A Boeing também entregou sete de seus 737 Max para companhias aéreas chinesas em janeiro, em meio ao aumento das discussões sobre tarifas e comércio desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu o cargo.
O diretor financeiro da Boeing, Brian West, previu que a empresa se beneficiaria de um "vento de cauda" nas entregas, à medida que liberasse as aeronaves que haviam sido concluídas após a greve. A atividade diminuiria em fevereiro, que tem menos dias de fabricação, antes de se recuperar em março, disse ele em uma teleconferência de resultados em 28 de janeiro.
Leia também: ‘Sell, sell, sell’: o plano da Embraer para superar Airbus e Boeing, segundo o CEO
A Boeing também registrou 36 pedidos brutos em janeiro, incluindo 34 Max para compradores não identificados, e nenhum cancelamento. Outros seis jatos foram reintegrados à sua carteira de pedidos de acordo com as regras contábeis dos EUA, elevando os pedidos líquidos para 42 jatos no mês.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também: Um ano após acidente em voo, Boeing está distante do fim da crise, diz regulador