Bloomberg — O acidente no voo 1282 da Alaska Airlines em 5 de janeiro trouxe novamente à tona a aeronave 737 Max da Boeing, de longe seu avião mais popular e principal fonte de receita.
O avião, que saía da cidade de Portland, nos Estados Unidos, teve que retornar à cidade do estado de Oregon 35 minutos após decolar para a Califórnia, quando uma seção externa, incluindo uma janela, se soltou. A companhia área informou que 177 passageiros e tripulantes estavam a bordo e que o avião “pousou em segurança”.
A frota completa de aeronaves Max da fabricante tinha sido temporariamente retirada de operação em 2019, após dois acidentes fatais.
Agora, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos ordenou a paralisação temporária de alguns aviões 737-9 Max após o incidente da última sexta-feira, levando reguladores e companhias aéreas ao redor do mundo a adotarem precauções e discutirem os próximos passos.
Confira algumas das medidas que reguladores, governos e companhias aéreas estão adotando:
Reguladores e Agências Governamentais
América do Norte
- A Administração Federal de Aviação dos EUA ordenou a paralisação temporária e inspeções de alguns aviões 737-9 Max. A medida afeta cerca de 171 aeronaves em todo o mundo, de acordo com um comunicado da FAA;
- A Junta Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA também está investigando o incidente. Sua presidente, Jennifer Homendy, afirmou que a investigação incluirá uma análise da supervisão da FAA sobre a Boeing e o processo de fabricação de aeronaves do tipo afetado;
Europa
- A Agência Europeia de Segurança da Aviação, ou EASA, informou à Bloomberg News que adotou a diretiva de emergência da FAA. Ela observou que nenhuma companhia aérea europeia em um estado membro da EASA opera uma aeronave na configuração afetada da Boeing;
- A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido disse que escreveu para operadoras estrangeiras e não britânicas para questionar sobre inspeções realizadas antes de voar para ou sobre o espaço aéreo do Reino Unido. Não há jatos 737-9 Max registrados no Reino Unido;
Ásia
- A Administração de Aviação Civil da China realizou uma reunião de emergência no sábado à noite sobre o incidente da Alaska Air, enquanto avaliava sua resposta ao rompimento da fuselagem, segundo a Bloomberg News. Nenhuma transportadora chinesa opera um jato 737-9 Max;
- A Direção Geral de Aviação Civil da Índia está pedindo às transportadoras do país que realizem uma inspeção única nos jatos 737-8 Max fabricados pela Boeing. Assim como a China, nenhuma transportadora indiana opera um jato 737-9 Max.
Companhias aéreas
- A Alaska Air paralisou inicialmente todos os seus 65 jatos 737-9 Max horas após o acidente. Mais tarde, permitiu que 18 das aeronaves voltassem a voar após inspeções de manutenção anteriores ao evento. Posteriormente, contudo, voltou a retirar todos os jatos de operação.
- A United Airlines Holding, a maior operadora do tipo Max afetado, afirma que todos os seus 79 jatos estão temporariamente paralisados. O próximo passo é determinar com a FAA o processo de inspeção e os requisitos para devolver as aeronaves ao serviço. Segundo a companhia, 33 dos jatos passaram por inspeções necessárias antes deles serem retirados de serviço.
- A Copa Airlines, do Panamá, disse que paralisou 21 de seus jatos impactados. A transportadora possui um total de 29 em sua frota, mas opera em duas configurações diferentes.
- A Aeroméxico seguiu a United e a Alaska Air, retirando todos os seus 19 jatos 737-9 Max de operação para inspeções.
- A Icelandair afirmou que sua pequena frota de jatos 737-9 Max não é afetada pelas inspeções da FAA. A transportadora está em contato com a Boeing e a FAA.
- A Turkish Airlines disse que a autoridade de aviação civil do país solicitou uma análise em sua pequena frota de cinco jatos 737-9 Max. Até que a revisão técnica seja concluída, a transportadora retirou as aeronaves de serviço.
- A FlyDubai afirmou que seus três jatos 737-9 Max não são afetados pela diretiva da FAA, segundo informações fornecidas à Bloomberg News.
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