Bloomberg — O chairman executivo da Aston Martin, Lawrence Stroll, disse que estaria aberto a fechar o capital da montadora de carros de luxo no futuro, após anunciar um plano para injetar mais recursos na companhia.
O consórcio Yew Tree do bilionário canadense está pagando cerca de £ 52,5 milhões (US$ 67,9 milhões) para aumentar sua participação na montadora para cerca de 33%, informou a empresa nesta segunda-feira (31).
A Yew Tree planeja adquirir 75 milhões de novas ações a 70 pence cada, um pequeno prêmio sobre o preço de fechamento de sexta-feira.
A empresa está “severamente subvalorizada” e seu valor de mercado de cerca de £ 650 milhões é uma “piada”, disse Stroll, acrescentando que ele pode considerar fechar o capital da Aston Martin se ela não melhorar com o tempo.
“Poderia ser algo para o futuro? Potencialmente, sim. Nunca diga nunca. Está no meu radar para fazer nas próximas duas semanas? Não, mas nunca diga nunca”, disse ele em uma entrevista à Bloomberg News.
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A Aston Martin divulgou posteriormente uma declaração emitida sob as regras de aquisição do Reino Unido, afirmando que os comentários não significam que uma oferta para fechar o capital da empresa seja iminente.
O consórcio de Stroll investiu mais de £ 600 milhões na montadora britânica desde que a resgatou em 2020.
A empresa endividada exigiu aumentos de capital repetidos e agora está passando por uma nova tentativa de recuperação liderada pelo CEO Adrian Hallmark, ex-chefe da Bentley Motors.
A Aston Martin também pretende vender sua participação na equipe de Fórmula 1 que leva seu nome para arrecadar pelo menos £ 74 milhões, informou na segunda-feira.
Stroll disse que planeja atrair um novo investidor estratégico para a equipe, que ele controla separadamente.
As empresas americanas HPS Investment Partners e Accel Partners investiram na equipe no ano passado com um corporate value de £ 1,8 bilhão, disse Stroll.
Seu plano é igualar ou superar esse valuation. “Felizmente, com a demanda recebida, poderíamos ser muito seletivos sobre para quem vender essa porcentagem”, disse Stroll.
A Aston Martin também reduziu sua previsão de volume para 2025, citando sua análise inicial das tarifas adicionais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
A empresa agora espera um “crescimento modesto”, tendo anteriormente como alvo um crescimento percentual de um dígito médio. “Não é catastrófico, é apenas irritante”, disse Hallmark na teleconferência.
As ações da Aston Martin subiram até 14% nesta segunda-feira, mas ainda acumulam queda de 35% este ano.
Hallmark já reduziu a meta de lucro para 2025 e anunciou planos para cortar 170 funcionários, cerca de 5% de sua força de trabalho.
A Aston Martin ainda pretende gerar fluxo de caixa livre positivo no segundo semestre deste ano, depois de não conseguir fazê-lo em 2024.
Pouco depois da chegada de Hallmark no ano passado, a empresa emitiu dois avisos de lucro em rápida sucessão.
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