AstraZeneca para de fabricar e tira do mercado vacina contra a covid-19

Empresa alega falta de demanda pela vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford após mais de 3 bilhões de doses fornecidas

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Bloomberg — A AstraZeneca retirou do mercado a sua vacina contra a covid-19 devido à falta de demanda por uma dose que inicialmente era esperada desempenhar um papel fundamental na proteção do mundo contra o vírus.

A autorização de comercialização para a vacina, Vaxzevria, na União Europeia, foi retirada a pedido da empresa nesta semana, pois a vacina não está mais sendo fabricada ou fornecida, disse a Astra em um comunicado. A decisão não foi relacionada a questões de segurança, afirmou.

A vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, foi inicialmente oferecida com base em um modelo sem fins lucrativos e foi vista como uma vitória para o Reino Unido, com o então primeiro-ministro Boris Johnson recebendo publicamente sua primeira dose.

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No entanto, o lançamento foi marcado por preocupações sobre sua eficácia e segurança, começando com o presidente francês Emmanuel Macron chamando-a de “quase ineficaz” em adultos mais velhos logo após sua aprovação na UE.

A vacina, que não exigia armazenamento em ultracongeladores como algumas das vacinas rivais contra a covid-19, foi vista como uma boa opção para inoculação de grandes partes do globo. Mais de 3 bilhões de doses foram fornecidas.

Após os comentários de Macron, um golpe ainda maior veio quando os reguladores começaram a investigar a ligação da vacina com casos muito raros de coágulos sanguíneos incomuns. Embora os reguladores tenham concluído que o balanço entre riscos e benefícios da vacina era positivo, o dano já estava feito.

À medida que os países buscavam adquirir doses de reforço para a população, a vacina da AstraZeneca foi deixada de lado em favor de doses que utilizavam a tecnologia de RNA mensageiro, especialmente uma desenvolvida por uma parceria entre a BioNTech e a Pfizer.

A AstraZeneca enfrenta desafios legais por parte de famílias de pacientes que morreram após receber a vacina.

Empresas como Pfizer e Moderna desde então desenvolveram vacinas contra a covid-19 atualizadas visando variantes mais recentes. A Astra disse que isso levou a “um excedente de vacinas atualizadas disponíveis” e a uma queda na demanda por seu medicamento.

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