Apple: receitas trimestrais voltam a cair com impacto de demanda na China

Ação da big tech recuava perto de 1% no after hours nesta quinta; mercado mais fraco para Macs também pesa no resultado, que, por outro lado, veio em linha com estimativas

Apple tem queda na receita
Por Mark Gurman
02 de Novembro, 2023 | 07:06 PM

Bloomberg — As vendas da Apple (AAPL) caíram pelo quarto trimestre consecutivo, na sua maior desaceleração desde 2001, à medida que a empresa luta com um mercado de Macs estagnado e uma demanda instável na China, um de seus principais mercados. A receita caiu para US$ 89,5 bilhões no quarto trimestre fiscal, que terminou em 30 de setembro, conforme a empresa anunciou nesta quinta-feira (2).

Ainda assim, o número correspondeu ao consenso das estimativas de Wall Street, de US$ 89,4 bilhões. A Apple não forneceu um guidance (projeção) para o trimestre atual, mantendo uma política que adotou durante a pandemia.

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Os resultados sugerem que a Apple enfrenta uma desaceleração maior do que se temia na China.

O governo local impôs proibições à tecnologia dos EUA em alguns locais de trabalho, e um novo telefone da Huawei Technologies gera maior concorrência. A receita dessa região totalizou US$ 15,1 bilhões no último trimestre, ligeiramente inferior ao ano anterior e bem abaixo dos US$ 17 bilhões que os analistas haviam previsto.

As ações da Apple caíam cerca de 1% nas negociações do after market nesta quinta depois de terem fechafo a US$ 177,57 em Nova York. As ações acumulam alta de 37% neste ano.

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A empresa lançou o iPhone 15, seu produto principal, durante o quarto trimestre. O período incluiu pouco mais de uma semana de dados de vendas após o lançamento do dispositivo em 22 de setembro.

A empresa sediada em Cupertino, na Califórnia, também lançou novos modelos de relógios - a Series 9 e Ultra 2 - e atualizou seus AirPods Pro para acrescentar uma entrada USB-C.

Mesmo com os desafios, o iPhone teve um desempenho ligeiramente melhor do que o projetado.

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Gerou US$ 43,8 bilhões em vendas, em comparação com uma estimativa média de US$ 43,7 bilhões. E o celular atingiu um recorde de receita trimestral na China continental, disse o CEO Tim Cook durante uma teleconferência com analistas. Os lucros foram equivalentes a US$ 1,46 por ação no último trimestre, superando a previsão de US$ 1,39.

O iPhone responde por aproximadamente metade das vendas da Apple, o que significa que o lançamento de um novo modelo é acompanhado de perto pelos investidores.

Com o iPhone 15, a empresa redesenhou as versões de alta qualidade - dando a elas caixas de titânio - e adicionou recursos como uma lente de câmera com zoom mais potente. A esperança era atrair compradores de smartphones que têm seguido com seus modelos antigos por mais tempo nos dias atuais.

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