Ambev terá Carlos Lisboa como CEO em 2025; Jean Jereissati vai para AB InBev

Próximo presidente executivo está na companhia há 30 anos e lidera a Zona da América Central do maior grupo de cervejas do mundo, cargo que será assumido justamente por Jereissati

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Bloomberg Línea — Jean Jereissati vai deixar o cargo de CEO da Ambev (ABEV3) a partir de 1º de janeiro de 2025, depois de cinco anos no cargo. Ele será substituído por Carlos Lisboa, atual conselheiro da companhia, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite desta terça-feira (27).

Jereissati vai assumir a posição de CEO da operação da AB InBev, controladora da Ambev, na chamada Zona da América Central, maior mercado do grupo.

Lisboa deixará o board a partir do dia 1º de janeiro. Segundo o comunicado, o executivo é formado em administração de empresas e, desde 1993, ocupou diversos cargos de liderança nas áreas de vendas e marketing tanto na Ambev como na AB InBev.

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O futuro CEO da Ambev, natural de Pernambuco, liderava as operações da AB InBev na América Central. Também atuou como CMO no Brasil e comandou as operações da companhia no Canadá, na América Latina Sul e no Caribe.

A operação da chamada Zona da América Central é considerada o maior mercado da AB InBev.

“Jean e Lisboa estão finalizando ciclos de sucessos em suas respectivas funções e são as pessoas certas para entregar todo o potencial de cada zona, mantendo a nossa estratégia de negócio e a mentalidade de crescimento compartilhado”, disse Michel Doukeris, presidente do conselho da Ambev e CEO global da AB InBev, em nota.

“Esses novos desafios dão a oportunidade para ambos continuarem desenvolvendo suas habilidades junto com seus novos times”, completou o executivo.

A companhia destacou que Jereissati foi “responsável por fortalecer a relação da companhia com todo o ecossistema” e “liderou a inovação do portfólio da companhia e a transformação digital no Brasil com o BEES [plataforma que conecta a empresa a bares e restaurantes] e o Zé Delivery”, com entrega de volumes recordes de vendas no Brasil.

“Entendemos que as ações da Ambev têm sido pressionadas pela preocupação dos investidores com o desempenho das operações internacionais (América Latina Sul e Canadá) e o impacto decorrente da mudança na base de cálculo do JCP [Juros sobre Capital Próprio]”, disse Georgia Jorge, analista do BB Investimentos, em recente relatório.

Nos últimos trimestres, analistas têm apontado resultados considerados aquém do esperado da companhia de bebidas fora do Brasil, principalmente nos mercados em que está presente na América Latina. Neste ano, as ações da Ambev acumulam desvalorização de 5%.

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