Bloomberg — A Amazon (AMZN) assinou um contrato com a rival SpaceX para três lançamentos do foguete Falcon 9, de Elon Musk, garantindo capacidade adicional para enviar os satélites de internet da empresa para o espaço.
O acordo, anunciado pela Amazon em seu site na sexta-feira (1º), significa que a gigante do e-commerce estará contando, em parte, com seu principal concorrente para levar sua própria constelação de satélites para a órbita. Os lançamentos do Falcon 9 estão programados para começar em meados de 2025.
O Starlink, da SpaceX, já possui cerca de 5.000 satélites fornecendo serviço de internet a partir da órbita terrestre baixa. O Projeto Kuiper da Amazon, que tem como objetivo um modelo de negócios semelhante, lançou recentemente os dois primeiros satélites de teste de sua planejada constelação de 3.236.
A empresa pretende iniciar os testes beta com clientes corporativos no segundo semestre do próximo ano.
A SpaceX não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail. No entanto, Musk escreveu em uma postagem no X, a empresa de mídia social anteriormente conhecida como Twitter: “A SpaceX lança sistemas de satélite concorrentes sem favorecer seus próprios satélites.”
Anteriormente, a Amazon esperava ter seus primeiros satélites no espaço já no quarto trimestre de 2022, mas uma série de falhas nos testes e outros problemas com seus parceiros de lançamento atrasaram os voos.
Em 2022, a Amazon anunciou um acordo com três fornecedores, a United Launch Alliance, a Blue Origin de Jeff Bezos e a Arianespace, para pelo menos 68 lançamentos (e possivelmente até 83) dos foguetes das empresas para colocar a maior parte da constelação do Projeto Kuiper em órbita.
Esse acordo depende de foguetes recém-desenvolvidos que ainda não voaram para o espaço e sofreram inúmeros atrasos.
Em outubro, o foguete Atlas V mais antigo levou os dois primeiros satélites da Amazon para a órbita. A empresa tem ainda mais oito lançamentos com o foguete, que está deixará de ser usado.
No início deste ano, um fundo de pensão processou Bezos, membros do conselho da Amazon e a própria empresa, alegando que a Amazon deixou de considerar o uso dos foguetes confiáveis da SpaceX para lançamentos do Kuiper, em parte por causa da rivalidade entre Bezos e Musk.
Essa escolha levou a lançamentos mais caros e atrasos no projeto, pois a Blue Origin e outros parceiros de lançamento enfrentaram desafios técnicos inesperados com as espaçonaves nas quais a Amazon estava contando, de acordo com a reclamação do Cleveland Bakers and Teamsters Fund. A empresa disse na época que as alegações eram infundadas.
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