Aluguel em NY continua a encarecer, apesar de sinais de alerta na demanda

Ainda há locatários dispostos a bancar preços mais altos em alta temporada, mas volume de contratos já é menor em relação ao de 2022

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Bloomberg — Alugar um apartamento na cidade de Nova York tornou-se ainda mais caro no último mês, mesmo diante de sinais de que os potenciais inquilinos poderiam evitar o mercado na tradicional alta temporada.

Os novos contratos de locação assinados em julho bateram recordes nos três distritos pesquisados pela avaliadora Miller Samuel Inc. e pela corretora Douglas Elliman Real Estate. A mediana em Manhattan foi de US$ 4.400, representando um aumento de 2,3% em relação a junho.

Os aluguéis aumentaram 11% no Brooklyn, atingindo US$ 3.950, enquanto no noroeste do Queens - incluindo Astoria e Long Island City - a mediana subiu 1,9%, chegando a US$ 3.641.

Os proprietários continuam a testar os limites de preço de busca apartamentos e estão descobrindo que alguns estão dispostos a pagar preços elevados. No entanto, o número de contratos de aluguel diminuiu em relação a julho de 2022 em todos os três distritos, indicando que o acesso dos locatários pode ter atingido um limite.

“Estamos nos aproximando do nível de tolerância do mercado”, disse Jonathan Miller, presidente da Miller Samuel. “Os preços estão subindo e alcançando novos recordes. A atividade de locação está enfraquecendo, provavelmente devido aos aluguéis recordes - os inquilinos não estão encontrando alívio.”

Miller também não vê muita mudança no horizonte. Agosto pode trazer aluguéis ainda mais altos, já que famílias e estudantes se mudam para novos apartamentos antes do início do ano letivo.

Em Nova York, “a economia - apesar das torres de escritórios meio vazias - continua vibrante e há um desejo de permanecer aqui”, avalia o executivo.

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