Bloomberg — Os investidores estão ficando mais otimistas em relação à estratégia de inteligência artificial da Alphabet (GOOGL), após uma série de falhas e erros que fizeram suas ações despencarem.
Os papéis da big tech estão caminhando de volta para o que seria um valor de mercado recorde de US$ 2 trilhões – um marco ultrapassado apenas pela Microsoft (MSFT), Apple (AAPL) e Nvidia (NVDA) nos Estados Unidos.
Eles se recuperaram das baixas do mês passado, quando caíram devido às preocupações de que a empresa estava ficando para trás na corrida pela IA. A controladora do Google já alcançou esse patamar de US$ 2 trilhões no passado.
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Após o evento de nuvem desta semana mostrar que seu modelo de IA está pronto para empresas – apesar dos recentes percalços em suas ferramentas voltadas para o consumidor –, a atenção se volta agora para o balanço trimestral a ser divulgado este mês e uma conferência de desenvolvedores em maio.
Embora o caminho da Alphabet para a monetização da IA ainda seja incerto, o valuation relativamente baixo das ações a mantém atraente para muitos em Wall Street.
“Embora as manchetes não tenham sido favoráveis, o papel do Google em produtos de IA generativa apresentará oportunidades de crescimento massivas para as ações”, disse Sylvia Jablonski, CEO da Defiance ETFs.
A Alphabet também se beneficiará ao fazer suas próprias ferramentas de IA generativa que podem impulsionar anúncios mais precisos e aumentar as receitas com gastos em publicidade, acrescentou.
O produto Gemini, da Alphabet, que não teve sucesso, foi visto como um grande revés para uma empresa conhecida por sua perícia tecnológica, com a empresa pausando em fevereiro uma funcionalidade de geração de imagens que recebeu críticas devido a representações históricas imprecisas de raça.
A conferência de computação em nuvem da empresa em Las Vegas nesta semana ofereceu aos investidores alguma tranquilidade, pois mostrou como o Gemini pode ser usado para criar anúncios, prevenir ameaças cibernéticas e criar vídeos e podcasts curtos.
O Google também mostrou um novo chip projetado para lidar com cargas de trabalho de IA.
A notícia de que a Apple está considerando usar a tecnologia Gemini do Google para alimentar serviços de IA adicionou mais combustível à recuperação. Até o fechamento de quinta-feira (11), as ações subiram 12% este ano.
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“Os avanços de hardware do Google, o progresso do Gemini e as demonstrações de aplicativos orientados por IA deveriam ajudar no sentimento sobre as capacidades de IA”, escreveu o analista do Bank of America (BAC), Justin Post, em uma nota na terça-feira (9).
“Vemos a nuvem como um impulsionador positivo para as ações, dada a credibilidade da IA, o crescimento mais rápido e a melhora das margens.”
As ações são negociadas a 21 vezes o lucro futuro, abaixo das 33 vezes da Microsoft e aproximadamente em linha com o índice S&P 500. As ações da Alphabet recuam cerca de 0,3% nesta sexta-feira (12).
Ainda assim, nem todos estão convencidos pelo desconto, apesar de “muitas pessoas estarem argumentando que está barato agora”, disse Michael Lippert, vice-presidente e gerente de portfólio do Baron Opportunity Fund.
Dado o mercado competitivo de busca, a Alphabet “deveria estar investindo cada dólar em um ROI (retorno sobre investimento) mais alto em seus próprios negócios”, disse ele.
Por enquanto, as atualizações da empresa pelo menos ofereceram aos investidores algum encorajamento. O analista do JP Morgan (JPM), Doug Anmuth, observou nesta semana que esperava que a integração do Gemini resultasse em mais de 20% de crescimento na receita para o Google Cloud.
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