Além da música: Spotify amplia base de assinantes com aposta em podcast e audiolivro

A empresa registrou um aumento de 12% no número de assinantes, chegando a 268 milhões, acima das projeções de analistas; receita chegou a 4,2 bilhões de euros

A empresa registrou um aumento de 12% no número de assinantes, chegando a 268 milhões, acima das projeções do Spotify e dos analistas, que previam cerca de 265,2 milhões (Foto: Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg)
Por Ashley Carman
29 de Abril, 2025 | 09:29 AM

Bloomberg — O Spotify registrou mais assinantes do que os analistas esperavam no primeiro trimestre, mostrando que a estratégia do serviço de streaming de expandir-se além da música para audiolivros e podcasts está atraindo mais fãs, mesmo com o aumento dos preços.

A empresa registrou um aumento de 12% no número de assinantes, chegando a 268 milhões, acima das projeções do Spotify e dos analistas, que previam cerca de 265,2 milhões. A receita, de 4,2 bilhões de euros (US$ 4,8 bilhões), correspondeu à orientação do Spotify e às estimativas dos analistas.

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O lucro operacional, de 509 milhões de euros, ficou abaixo da previsão do Spotify de 548 milhões de euros, de acordo com um comunicado na terça-feira (29) da empresa com sede em Estocolmo. O Spotify citou encargos sociais mais altos do que o esperado, que definiu como impostos sobre a folha de pagamento associados aos salários e benefícios dos funcionários.

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Os usuários ativos mensais aumentaram 10%, chegando a 678 milhões, um pouco abaixo das expectativas dos analistas de 679 milhões.

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O CEO Daniel Ek vem reinvestindo no crescimento do Spotify, acrescentando audiolivros e podcasts e, recentemente, fazendo um esforço para obter conteúdo de vídeo para competir com o YouTube.

Em janeiro, o Spotify lançou um novo programa de parceria que remunera os criadores com base na quantidade de conteúdo que os assinantes pagantes consomem, e não por meio de anúncios. Desde o início do ano, a empresa pagou US$ 100 milhões a editores e criadores de podcasts, por meio desse programa e de anúncios que o Spotify coloca em seus programas.

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A expansão para novos formatos se encaixa no foco do Spotify em aumentar os preços e a lucratividade. A empresa aumentou os preços para vários mercados importantes no ano passado - os assinantes individuais dos EUA pagam US$ 12 por mês - e está planejando aumentar os preços na Europa e na América Latina este ano, informou o Financial Times.

Após vários anos de expansão no setor musical, o crescimento começou a se desacelerar. As gravadoras têm buscado novas maneiras de lucrar com seus artistas, oferecendo aos fãs mais dedicados acesso exclusivo a estrelas e outros recursos. O Spotify vem trabalhando em um nível “Music Pro” significativamente mais caro, que incluirá áudio de maior fidelidade e outras vantagens, embora ainda não tenha lançado formalmente essa oferta.

Para o segundo trimestre deste ano, o Spotify prevê 273 milhões de assinantes e uma receita operacional de 539 milhões de euros.

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