Airbnb pede que Nova York reveja regulamentação sobre aluguel de curto prazo

Preços de moradia em Nova York continuaram a subir, enquanto os viajantes ficam com menos opções de acomodação, segundo a empresa

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Bloomberg — A Airbnb (ABNB) pediu às autoridades da cidade de Nova York que alterem uma regulamentação local que proibiu a maioria de seus anúncios de aluguel de curto prazo quando entrou em vigor há quase um ano, citando os impactos sobre viajantes e anfitriões.

Em uma postagem de blog nesta terça-feira (3), o Airbnb disse que o regulamento da Lei Local 18 da cidade de Nova York, que exige que os anfitriões de aluguel de curto prazo obtenham uma licença da cidade para verificar o cumprimento de regras rígidas de ocupação e códigos de construção, “não cumpriu a promessa de combater a crise habitacional”.

Os aluguéis em Nova York continuaram a subir, enquanto os viajantes ficam com menos opções de acomodação e são prejudicados pelos altos preços dos hotéis, disse a empresa.

A empresa solicitou que as regras fossem flexibilizadas para facilitar o aluguel de imóveis por parte dos proprietários.

“É hora de a cidade de Nova York reavaliar a LL18 e considerar emendas que, no mínimo, permitam que os proprietários voltem a receber hóspedes”, disse o vice-presidente de políticas públicas, Theo Yedinsky, na postagem.

“Ao reverter partes da lei, a cidade pode aumentar a oferta de acomodações para os consumidores, apoiar os anfitriões residentes e revitalizar as empresas locais que dependem do dinheiro do turismo.”

A recomendação do Airbnb é a mais recente investida em uma longa batalha com a cidade de Nova York sobre como os aluguéis de curto prazo - aqueles de menos de 30 dias - devem ser regulamentados.

Ela ecoa os sentimentos de proprietários de imóveis e grupos de defesa de negócios locais ao pedir alterações na lei.

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O Airbnb já havia processado a cidade em um esforço para bloquear as novas regras no ano passado, mas um juiz rejeitou o caso.

Quando a regulamentação entrou em vigor em setembro do ano passado, as plataformas de aluguel de curto prazo, como o Airbnb, foram impedidas de processar transações para unidades não registradas.

O número de anúncios de curto prazo do Airbnb caiu 83% para apenas 3.700 em um ano, de acordo com um relatório de agosto da empresa de análise de dados AirDNA.

Para o Airbnb, isso coloca milhões de dólares de receita em jogo. A empresa obteve US$ 85 milhões em receita líquida em Nova York em 2022, conforme divulgado anteriormente em processos judiciais.

Em janeiro, o Airbnb divulgou sua própria análise apoiando sua posição de que as regras não tornaram as moradias mais acessíveis: os aluguéis continuaram subindo e a queda nos aluguéis de curto prazo não se traduziu em unidades habitacionais vagas.

Atraso eliminado

Até o momento, a cidade não sinalizou que alteraria a lei. Depois de atrasos iniciais no processamento de solicitações de anfitriões, o Mayor’s Office of Special Enforcement, responsável pela implementação da regra, forneceu dados que mostram que o órgão conseguiu atender 99,7% das 6.672 solicitações recebidas no último ano.

Cerca de 38% dessas licenças foram concedidas, aproximadamente a mesma proporção foi negada e o restante foi devolvido aos solicitantes para modificações.

Christian Klossner, diretor-executivo do escritório de fiscalização, elogiou o regulamento por ajudar “a cidade a atingir sua meta de melhorar a aplicabilidade das leis de moradia de décadas atrás, que muitos anfitriões violaram e com as quais as empresas lucraram”.

Em uma reunião municipal no ano passado, antes de a regra entrar em vigor, o prefeito Eric Adams incentivou os proprietários de imóveis que não podiam mais alugar suas casas de uma a duas famílias no Airbnb a escrever para os representantes do conselho sobre suas propostas para modificar a lei.

Ele também prometeu se reunir com os proprietários de imóveis afetados para ouvir suas demandas.

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