Bloomberg — A Inditex, empresa dona da rede de fast fashion Zara, divulgou um crescimento mais lento das vendas no início da temporada crucial de compras de fim de ano, o que aguça o sentimento de ceticismo de investidores com as ações do setor de varejo.
A varejista sediada em Arteixo, na Espanha, disse que a receita, excluindo as oscilações cambiais, cresceu 9% nas cinco semanas até 9 de dezembro, em comparação com 14% um ano antes. Esse crescimento também foi mais lento do que o crescimento das vendas nos nove meses até outubro.
As ações, que atingiram um recorde de alta em 5 de dezembro, caíram até 7,7% no início das negociações em Madri nesta manhã de quarta-feira (11), a maior queda desde março de 2022. Até terça-feira (10), por outro lado, as ações subiram cerca de 40% neste ano.
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"As ações provavelmente precisavam de uma impressão melhor para evitar alguma realização de lucros hoje", disseram analistas da Jefferies liderados por James Grzinic em uma nota aos clientes.
A rede varejista teve uma “corrida estelar” pós-pandemia, mas o ritmo diminuiu ligeiramente desde então. O lucro operacional aumentou 5%, chegando a 2,13 bilhões de euros (US$ 2,24 bilhões) no terceiro trimestre, um pouco abaixo das estimativas dos analistas.
A margem bruta, uma medida de lucratividade, também ficou abaixo das expectativas em um período tipicamente marcado por itens de maior valor, como casacos e jaquetas, e poucas remarcações.
A Inditex disse que a força do euro em relação à maioria das moedas, e as depreciações do real brasileiro e do peso mexicano, pesaram sobre as vendas no terceiro trimestre.
“Esses ventos contrários parecem estar se moderando no quarto trimestre”, disse o diretor de mercados de capitais Marcos López à Bloomberg News por e-mail. O varejista manteve sua orientação de que as flutuações cambiais reduziriam as vendas em 3% em 2024.
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