Wilson, do Morgan Stanley, vê rali de small caps perder força nos EUA

Em junho, o índice Russell 2000 subiu 6,7%; para o estrategista-chefe do banco de Wall St, a alta carece de fundamentos quando comparado a ralis anteriores

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Bloomberg — O recente rali das empresas de small cap (de menor capitalização) dos Estados Unidos enfrenta uma resistência técnica e uma falta de fundamentos para continuar por mais tempo, de acordo com o estrategista-chefe de ações do Morgan Stanley (MS) nos EUA, Mike Wilson.

Impulsionados por uma inflação mais baixa e pelo aumento das chances de uma vitória de Donald Trump, o índice Russell 2000 subiu 6,7% em julho, contra modestos 0,8% do S&P 500.

O movimento acontece à medida que um dado de inflação do CPI abaixo do esperado sustentou as expectativas de que o Federal Reserve irá reduzir os custos dos empréstimos, o que normalmente impulsiona as empresas menores.

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“Embora respeitemos o sentimento/posicionamento ainda leve em small caps, vemos justificativas fundamentais e macro limitadas para que a outperformance [acima da média do mercado] de small caps continue de forma duradoura”, disseram Wilson e sua equipe em nota aos clientes.

Para os estrategistas do Morgan Stanley, a alta das small caps carece de justificativas em termos de lucros quando comparado com os ralis anteriores.

“Para aqueles que olham para o playbook de 2016, gostaríamos de pontuar que as revisões relativas dos lucros para small caps cíclicas são muito mais fracas hoje do que eram durante aquele período”, escreveu a equipe de Wilson em nota.

Os fundos de small caps americanos registaram na semana passada uma entrada de US$ 9,9 bilhões, a segunda maior da história, disseram estrategistas do Bank of America (BAC) citando dados globais da EPFR.

Durante aquela semana, o Russell 2000 atingiu o seu nível mais elevado em mais de dois anos. Dentro do universo de small caps, os estrategistas acreditam que ações de crescimento oferecem as melhores perspectivas.

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