Bloomberg Línea — O impulso dos mercados acionários na reta final de 2023, com ganhos de 5,4% do Ibovespa (IBOV) e de 4,4% do S&P 500 em dezembro, levou a Verde Asset a reduzir novamente sua exposição em ações no Brasil, de forma a embolsar os ganhos.
A gestora de Luis Stuhlberger já tinha diminuído a parcela na bolsa brasileira em novembro após um rali das bolsas internacionais.
Em outubro, dado mais recente divulgado pela Anbima, a Verde tinha R$ 25,4 bilhões em ativos sob gestão.
De acordo com a Verde, “o ruído local sobre questões fiscais continua (e continuará), mas é notável que a reforma tributária tenha de fato sido aprovada no Congresso (embora o Diabo more nos detalhes das leis complementares que vêm por aí)”.
Na parcela global do fundo Verde, alguns hedges (proteções) maturaram e a posição voltou a ser liquidamente comprada (aposta na alta). Já a posição aplicada, que ganha com a queda das taxas, em juros reais no Brasil foi mantida, segundo contou a gestora em carta aos cotistas.
Desempenho
Em dezembro, o fundo Verde FIC FIM, carro-chefe da casa, teve ganhos de 3,32%, ante variação de 0,09% do CDI.
Segundo a gestora, os ganhos vieram principalmente das posições em ações no Brasil e em juro real, crédito local, juros nos Estados Unidos e moedas.
No acumulado de 2023, o fundo teve desempenho positivo de 14,53%, enquanto o principal benchmark de renda fixa teve variação de 13,05%.
No período, os destaques ficaram com as posições em juros globais, moedas e os livros de trading.
Do lado das perdas, a compra de inflação implícita no Brasil, a posição tomada em juro no Japão e o custo de proteções em bolsa americana apareceram como detratores relevantes ao longo do último ano.
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