‘Trump trade’ volta a ganhar força e influencia apostas de investidores, diz BofA

Investidores voltaram a apostar em ativos que tiveram bom desempenho após a vitória de Trump, em 2016, segundo o estrategista Michael Hartnett

Movimentação na semana passada mostra uma procura por bancos, small caps e o dólar, ativos que foram os principais responsáveis pelos ganhos em 2016 (Fonte: Christopher Dilts/Bloomberg)
Por Julien Ponthus
18 de Outubro, 2024 | 01:23 PM

Bloomberg — Com a probabilidade tanto de Donald Trump vencer a eleição presidencial americana quanto de os republicanos controlarem o Congresso, os investidores passaram a aumentar as apostas nos ativos que tiveram bom desempenho após a vitória do ex-presidente, em 2016, segundo o estrategista do Bank of America (BAC), Michael Hartnett.

A movimentação de mercado na semana passada mostra uma procura por bancos, small caps e o dólar, ativos que foram os principais responsáveis pelos ganhos em 2016, segundo Hartnett e sua equipe de estrategistas do BofA.

Isso porque logo após a vitória de Trump sobre a democrata Hillary Clinton, em novembro daquele ano, as ações americanas e o dólar subiram.

Há outros sinais de que o chamado “Trump trade” voltou a ganhar força. Desde o início de outubro, a cesta de ações do Goldman Sachs (GS) definida para uma vitória republicana ultrapassou a cesta que pode se beneficiar de uma vitória dos democratas.

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Ao contrário das ações, os títulos do governo americano estão estruturalmente em tendência de queda, já que nenhum dos dois candidatos presidenciais concorre com uma promessa de equilíbrio do orçamento federal, disse Hartnett.

A equipe do BofA informou, ainda, que as probabilidades de apostas mostraram expectativas crescentes de que os republicanos poderiam ganhar tanto a Casa Branca quanto as duas casas do Congresso, a Câmara e o Senado.

A vitória republicana facilitaria a agenda de Trump, como a aplicação de novas tarifas de importação, cortes de impostos e desregulamentação.

A Amazon (AMZN), o Google, da Alphabet (GOOG), e a Microsoft (MSFT) anunciaram acordos de energia nuclear no mês passado com o objetivo de alimentar suas operações com geração de eletricidadae livre de emissões de carbono.

No entanto, nem todas as pesquisas nacionais apontam para uma vitória republicana. Uma pesquisa da Marquette Law School realizada em 16 de outubro mostrou que a candidata democrata tinha 48% de apoio entre os eleitores, contra 47% de Trump.

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