Treasuries enfrentam teste de US$ 125 bilhões após otimismo do mercado com Fed

Demanda pela dívida do governo dos EUA será testada por US$ 67 bi em vendas de notas de 10 e 30 anos, além de rolagem de US$ 58 bi de vencimentos de três anos

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Por Michael Mackenzie - Liz Capo McCormick
06 de Maio, 2024 | 12:41 PM

Bloomberg — O mercado de dívida pública americano recebeu com otimismo o tom brando de Jerome Powell e o primeiro sinal claro de um esfriamento do mercado de trabalho na semana passada, mas, além de uma inflação ainda persistente, os Treasuries enfrentam um cenário de US$ 125 bilhões de ofertas nos próximos dias.

Os investidores voltaram a aumentar cautelosamente suas apostas na flexibilização monetária do Federal Reserve neste ano, com queda nos rendimentos exigidos pelos compradores de títulos do Tesouro americano no mercado secundário.

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Mas há um limite para o que o banco central dos EUA poderá fazer se a inflação não esfriar, e a demanda pela dívida do governo será testada por US$ 67 bilhões em vendas de notas de 10 e 30 anos, além de uma rolagem de US$ 58 bilhões de vencimentos de três anos.

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O relatório de emprego e os comentários de Powell foram “um alívio para o mercado, mas de forma alguma estamos convictos pensando que vamos descer 50 a 100 pontos-base”, disse Mark Lindbloom, gestor da Western Asset Management, que supervisiona cerca de US$ 385 bilhões.

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A taxa dos Treasuries de dois anos chegou a cair para 4,7% na sexta-feira (3), cerca de 30 pontos-base abaixo da máxima do ano alcançada na terça-feira, de 5,04%. O título era negociado a cerca de 4,79% nesta segunda (6) pela manhã.

O mercado de juros futuros americanos também chegou a precificar inteiramente um corte de 0,25 ponto percentual em setembro na sexta-feira, mas recuou um pouco e agora sinaliza 90% de chance de que isso ocorra.

As perspectivas para os títulos de 10 e 30 anos são menos atraentes para os investidores caso a inflação permaneça acima da meta do Fed e os gastos elevados de Washington resultem em outro aumento no tamanho dos leilões de títulos de longo prazo.

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George Catrambone, chefe de renda fixa na DWS Americas prefere deter o vencimento de dois anos “já que a probabilidade de aumentos de juros continua remota”.

Depois de se aproximar de um novo pico de 4,75% na semana passada, o yield do título de 10 anos estava em cerca de 4,47% nesta segunda-feira.

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