Bloomberg — É provável que os investidores globais continuem a injetar dinheiro nos mercados de ações dos Estados Unidos apesar de os índices bateram recordes, de acordo com uma pesquisa do Bank of America (BAC).
Em resposta a uma pergunta sobre a classe de ativos que mais se beneficiaria de uma realocação dos fundos de renda fixa, 32% dos entrevistados optaram pelas ações dos EUA.
Outros 19% disseram que o dinheiro seria investido em ações globais, enquanto um quarto dos entrevistados sinalizou que compraria títulos públicos.
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A pesquisa – realizada entre 7 e 13 de junho e que entrevistou 206 participantes com US$ 640 bilhões em ativos sob gestão – mostrou que os investidores permaneceram mais otimistas desde novembro de 2021, com os níveis de caixa (alocados em fundos de alta liquidez) em uma baixa de três anos.
Esses fundos têm atualmente cerca de US$ 6,1 trilhões em ativos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
As apostas compradas (aposta na alta) nas chamadas “Sete Magníficas”, grupo que inclui empresas de tecnologia como Microsoft (MSFT) e Nvidia (NVDA), agora estão em 69% – entre as negociações mais lotadas da história, mostrou a pesquisa.
As ações dos EUA atingiram suas máximas históricas, impulsionadas pelo burburinho em torno da inteligência artificial, bem como pelo otimismo de que as perspectivas de redução da inflação permitiriam que o Federal Reserve cortasse as taxas de juros este ano.
Uma alta de 15% no S&P 500 este ano elevou a relação entre preço e lucro (P/L) para 12 meses do índice de referência para 21, bem acima da média de longo prazo de 16, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Ainda assim, os valuations não impediram que uma série de estrategistas de Wall Street, inclusive do Citigroup (C) e do Goldman Sachs (GS), se tornassem ainda mais otimistas em relação às perspectivas para o S&P 500.
A pesquisa do Bank of America mostrou que 41% dos gestores de fundos esperam que as ações de crescimento de grande capitalização continuem a impulsionar a recuperação dos EUA.
As grandes empresas de tecnologia contribuíram com quase 75% da alta do S&P 500 este ano, sendo que a Nvidia sozinha foi responsável por 34% dos ganhos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
-- Com a colaboração de Thyagu Adinarayan.
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