S&P 500 caminha para queda semanal sob efeito de juros futuros mais altos

Será a primeira queda desde o começo de setembro se não houver reversão nesta sexta; yields em títulos do Tesouro de 10 anos subiram cerca de 10 pontos base nesta semana

Por

Bloomberg Línea — Os futuros do S&P 500 operavam com leves ganhos nesta manhã de sexta-feira (25), com o índice a caminho para sua primeira queda semanal em sete semanas, à medida que o aumento dos custos de empréstimos nos juros futuros esfria o sentimento dos investidores.

O índice de referência das ações dos EUA está apontado para uma perda semanal de quase 1%, após uma alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro impulsionar movimentos de aversão ao risco nos mercados, enquanto os traders reduziram suas expectativas de cortes de taxas pelo Federal Reserve.

Mesmo após recuarem um pouco, os rendimentos do Tesouro ainda acumulam alta de cerca de 10 pontos base nesta semana.

O índice Stoxx 600 da Europa caiu perto de 0,20%, enquanto analistas analisavam os últimos resultados corporativos, com a Remy Cointreau e a Eni, de energia, reduzindo suas projeções.

Leia mais: Para BlackRock, investidores subestimam risco de eleição contestada nos EUA

Os traders aguardam dados econômicos na próxima semana, incluindo um relatório mensal de empregos nos EUA, em busca de novas pistas sobre o futuro da política de flexibilização do Fed.

A eleição presidencial nos Estados Unidos em 5 de novembro, que promete ser disputada e que pode se “arrastar” em caso de contestação de resultado, também pesa sobre o mercado, e analistas alertam que as tarifas comerciais e os cortes de impostos defendidos por Donald Trump poderiam reacender a inflação.

No Brasil, investidores reagem a declarações de Roberto Campos Neto e Fernando Haddad na véspera no âmbito da reunião do G20 em Washington, em que apontaram que há exagero do mercado na precificação de ativos - o ministro da Fazenda sinalizou medidas estruturais do ponto de vista de despesas.

Assine a newsletter matinal Breakfast, uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque em negócios e finanças no Brasil e no mundo.

- Barclays supera consenso. Não são apenas bancos de Wall Street que superaram as projeções de analistas no terceiro trimestre: as receitas subiram 5%, para £ 6,55 bilhões, com ganhos nas suas principais divisões. As ações chegaram ao maior nível em quase uma década como reação de investidores.

- Mais Índia, menos China. Em encontro com o primeiro-ministro Narendra Modi em Nova Deli, o premiê alemão, Olaf Scholz, defendeu que o país reduza a dependência de apenas um país, especialmente ao se referir a certas tecnologias e matérias-primas, sem citar a China.

- Eni revisa guidance. A gigante italiana de energia superou as estimativas no terceiro trimestre, mas revisou para baixo as projeções para o ano de 2024, citando preços menores do petróleo e margens mais apertadas.

(Com informações de Bloomberg News)

🗓️ AGENDA: Os eventos e indicadores em destaque hoje e na semana →

🔘 As bolsas ontem (24/10): Dow Jones Industrials (-0,33%), S&P 500 (+0,21%), Nasdaq Composite (+0,75%), Stoxx 600 (+0,03%), Ibovespa (+0,65%)