Bloomberg — A Shein, uma das maiores plataformas de fast fashion do mundo, apresentou confidencialmente documentos junto aos reguladores dos Estados Unidos para uma oferta pública inicial (IPO) que poderá ocorrer no próximo ano, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
A varejista online, fundada na China, mas atualmente sediada em Singapura, trabalha com o Goldman Sachs, o JPMorgan Chase e o Morgan Stanley para a listagem, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque a apresentação não era pública.
Representantes de Shein, JPMorgan e Morgan Stanley se recusaram a comentar. Um porta-voz do Goldman Sachs não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A apresentação foi relatada anteriormente pelo Shanghai Securities News.
A Shein tornou-se popular em vários países do mundo, incluindo o Brasil, graças às suas roupas a preços ultra baixos. A empresa espera uma avaliação de até US$ 90 bilhões em um IPO nos Estados Unidos, conforme relatado pela Bloomberg News no início deste mês.
No Brasil, a empresa asiática anunciou planos de produção de roupas com fornecedores locais em meio aos planos do governo federal de tributação de importados de valores até US$ 50.
As vendas estimadas da Shein agora ultrapassam as da Zara e as da H&M no mercado de fast fashion dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, a Shein tem sido criticada por alegadas más condições de trabalho nas fábricas com as quais tem parcerias de fornecimento, pela superprodução de roupas de baixa qualidade e pelo uso de algodão de uma região chinesa acusada de usar trabalho forçado.
Senadores dos Estados Unidos escreveram para o CEO da Shein, Chris Xu, solicitando mais informações sobre as alegações trabalhistas.
As críticas não impediram a ascensão meteórica da Shein entre consumidores ao redor do mundo. No ano passado, a Shein abriu centros de distribuição nos Estados Unidos, Canadá e Europa para acelerar os tempos de envio nessas regiões. A empresa também começou a expandir a produção no Brasil, na Turquia e na Índia.
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