Bloomberg — A JGP Asset Management, de André Jakurski, avalia que o comportamento dos ativos brasileiros terá uma “trajetória mais difícil” daqui para frente depois de um rali doméstico.
A gestora diz que a curva de juros futuros já embute uma perspectiva de Selic final muito baixa e os fatores que favoreceram o câmbio podem estar mudando, de acordo com o relatório de gestão.
O melhor momento do fluxo cambial no ano já ficou para trás, segundo a JGP. A partir de agora, a balança comercial tende a registrar superávits menores até o fim do ano, pois os embarques agrícolas já foram feitos e as importações costumam aumentar nesse período.
Além disso, as remessas de lucros e dividendos também crescem com a proximidade do fim do ano, lembrou a gestora.
A JGP diz que a contribuição da agricultura para a redução dos preços de alimentos também costuma ter seu melhor momento no meio do ano, com a colheita e embarque da safra de grãos.
“É de se esperar que a contribuição favorável do câmbio para a inflação seja declinante daqui para a frente”, afirma.
Na avaliação da gestora, a inflação muito baixa de junho e julho não deve se repetir nos próximos meses, apesar de o cenário ainda ser favorável.
O fundo dá preferência à compra de títulos atrelados à inflação, as NTN-B, pois esses papéis ainda contam com um juro real elevado e a inflação tende a ser maior do que nos últimos meses, aponta o relatório.
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