Bloomberg — A Sabesp (SBPS3), a maior empresa de abastecimento de água da América Latina em valor de mercado, divulgou o prospecto inicial da oferta de ações que pode se tornar a maior da região desde 2022, quando a Eletrobras (ELET3; ELET6) foi privatizada em um follow-on.
O estado de São Paulo, que detém o controle acionário da Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, como é formalmente conhecida a empresa de serviços públicos, vai oferecer 191.713.044 ações existentes para venda, de acordo com o documento divulgado na sexta-feira (21).
Se um lote suplementar for totalmente vendido, ele poderá acrescentar até 28.756.956 ações à transação.
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A preços atuais de mercado, isso significa que a transação poderia levantar até R$ 16,5 bilhões (US$ 3 bilhões), enquanto a participação de São Paulo na Sabesp poderia cair para 18% dos atuais 50,3%, privatizando efetivamente a empresa. Espera-se que o preço do acordo seja fixado em 18 de julho.
A Sabesp está trabalhando com o BTG Pactual (BPAC11), o UBS (UBS), o Bank of America (BAC), o Citigroup (C) e com o Itaú Unibanco (ITUB4) na transação de ações. Bradesco (BBDC4), Goldman Sachs (GS), JPMorgan (JPM), J. Safra, Morgan Stanley (MS), Santander (SANB11) e XP (XP) são os joint bookrunners.
A venda seria uma vitória para o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que prometeu privatizar empresas para melhorar os serviços públicos. Ela também segue o acordo de grande sucesso que privatizou a empresa de energia Eletrobras em 2022.
A oferta de ações tem uma característica distinta: Em uma primeira etapa, dois investidores estratégicos serão selecionados e competirão para abocanhar uma participação de 15% na Sabesp.
Em seguida, dois books serão construídos em torno dessas ofertas, competindo para atrair o maior número de ofertas de investidores em geral. O book vencedor será aquele que obtiver o maior preço médio ponderado.
O processo atraiu a Equatorial Energia, a concessionária privada Aegea Saneamento e Participações e o investidor brasileiro Nelson Tanure.
A venda ocorre em meio a uma seca de ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) brasileiras e uma queda de 22% nas ofertas de ações brasileiras este ano.
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