Reunião do Copom e resultado da Petrobras: 5 destaques da semana

Investidores aguardam na quarta-feira o início do ciclo de corte de juros no Brasil, enquanto nos EUA as atenções estarão voltadas para os dados de emprego de julho, na sexta

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Bloomberg — O mercado precifica uma redução de 0,50 ponto percentual da Selic na reunião do Copom na próxima quarta-feira (2 de agosto). A semana que começa tem ainda na agenda o payroll de julho nos Estados Unidos, a decisão do Bank of England, os PMIs na China e o balanço financeiro da Petrobras.

Veja 5 destaques da semana:

1. Início do corte da Selic?

O Copom deve iniciar o ciclo de cortes de juros monetário na quarta-feira. O mercado precifica majoritariamente uma redução de 0,50 ponto percentual (pp), para 13,25% ao ano, com o alívio da inflação combinado à melhora do sentimento após a perspectiva de parada das altas do Fed e a melhora do rating do Brasil pela Fitch. Já os economistas estão divididos entre 0,25 pp e 0,50 pp, em pesquisa da Bloomberg.

“Um corte de 0,50 pp pode levar a taxa de juros real ex-ante para 8,7% - perto do dobro da taxa neutra que o BC assume em suas projeções e ainda profundamente em território contracionista”, disse Adriana Dupita, da Bloomberg Economics.

A agenda semanal ainda traz o relatório Focus pré-Copom na segunda (31), a produção industrial de junho e a balança comercial de julho, estes dois indicadores na terça (1 de agosto).

2. Payroll nos EUA

O payroll de julho, que será divulgado na próxima sexta-feira, deve mostrar uma desaceleração na criação de empregos, em um desenvolvimento bem-vindo para o Fed sob o ponto de vista de desaquecimento da economia que pode aliviar a pressão sobre a inflação, segundo a Bloomberg Economics.

A estimativa mediana para o dado é a de criação de 200 mil vagas, ante 209.000 em junho. As expectativas sobre os juros americanos, no entanto, ainda dependem de outros dados, incluindo os indicadores de emprego JOLTS e ADP.

Na China, onde as especulações sobre estímulos não têm sustentado os preços do minério de ferro, serão divulgados os PMIs (Índice de Compras de Gerentes) industrial e de serviços, com expectativas de desaceleração. Na quinta (3), o Banco da Inglaterra deve elevar sua taxa em 0,25 pp, para 5,25%.

3. Balanços de Petrobras e Bradesco

A safra de balanços do segundo trimestre no Brasil ganha volume de divulgações nos próximos dias. A Petrobras divulga o resultado n quinta (3). As ações da estatal caíram mais de 5% na quinta passada (27), na véspera da reunião do conselho que aprovou uma nova política de dividendos.

Bradesco e Ambev, ambos também na quinta, e TIM Brasil, na segunda, também divulgam seus números trimestrais.

4. Congresso volta do recesso

O Congresso volta do recesso na terça-feira, com a agenda econômica do governo como prioridade. A reforma tributária e o projeto do Carf aguardam votação no Senado. Já a proposta do arcabouço fiscal foi alterada pelos senadores e precisa ser novamente analisada pela Câmara, o que deve ocorrer no mês que está para começar, segundo o site da casa.

A agenda ainda deve incluir a discussão do Orçamento de 2024 e as propostas para aumentar a arrecadação que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu para agosto.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi convidado a falar sobre juros no Senado. A data ainda não está confirmada, mas espera-se que seja depois da reunião do Copom.

5. Apple e Amazon divulgam resultados

Com os principais índices de ações americanos demonstrando resiliência, investidores aguardam os resultados trimestrais das big techs que ainda não o fizeram, notadamente da Apple, empresa mais valiosa do mundo, e da Amazon, ambas na quinta-feira depois do fechamento dos mercados.

Na terça, será a vez de duas empresas cuja demanda servem de termômetro para a demanda do consumidor: a Starbucks e a Uber.

- Com informações da Bloomberg Línea.

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