Reunião do Copom e resultado da Petrobras: 5 destaques da semana

Investidores aguardam na quarta-feira o início do ciclo de corte de juros no Brasil, enquanto nos EUA as atenções estarão voltadas para os dados de emprego de julho, na sexta

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central: atenção do mercado para a reunião do Copom nesta semana
Por Josue Leonel
30 de Julho, 2023 | 06:48 PM

Bloomberg — O mercado precifica uma redução de 0,50 ponto percentual da Selic na reunião do Copom na próxima quarta-feira (2 de agosto). A semana que começa tem ainda na agenda o payroll de julho nos Estados Unidos, a decisão do Bank of England, os PMIs na China e o balanço financeiro da Petrobras.

Veja 5 destaques da semana:

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1. Início do corte da Selic?

O Copom deve iniciar o ciclo de cortes de juros monetário na quarta-feira. O mercado precifica majoritariamente uma redução de 0,50 ponto percentual (pp), para 13,25% ao ano, com o alívio da inflação combinado à melhora do sentimento após a perspectiva de parada das altas do Fed e a melhora do rating do Brasil pela Fitch. Já os economistas estão divididos entre 0,25 pp e 0,50 pp, em pesquisa da Bloomberg.

“Um corte de 0,50 pp pode levar a taxa de juros real ex-ante para 8,7% - perto do dobro da taxa neutra que o BC assume em suas projeções e ainda profundamente em território contracionista”, disse Adriana Dupita, da Bloomberg Economics.

A agenda semanal ainda traz o relatório Focus pré-Copom na segunda (31), a produção industrial de junho e a balança comercial de julho, estes dois indicadores na terça (1 de agosto).

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2. Payroll nos EUA

O payroll de julho, que será divulgado na próxima sexta-feira, deve mostrar uma desaceleração na criação de empregos, em um desenvolvimento bem-vindo para o Fed sob o ponto de vista de desaquecimento da economia que pode aliviar a pressão sobre a inflação, segundo a Bloomberg Economics.

A estimativa mediana para o dado é a de criação de 200 mil vagas, ante 209.000 em junho. As expectativas sobre os juros americanos, no entanto, ainda dependem de outros dados, incluindo os indicadores de emprego JOLTS e ADP.

Na China, onde as especulações sobre estímulos não têm sustentado os preços do minério de ferro, serão divulgados os PMIs (Índice de Compras de Gerentes) industrial e de serviços, com expectativas de desaceleração. Na quinta (3), o Banco da Inglaterra deve elevar sua taxa em 0,25 pp, para 5,25%.

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3. Balanços de Petrobras e Bradesco

A safra de balanços do segundo trimestre no Brasil ganha volume de divulgações nos próximos dias. A Petrobras divulga o resultado n quinta (3). As ações da estatal caíram mais de 5% na quinta passada (27), na véspera da reunião do conselho que aprovou uma nova política de dividendos.

Bradesco e Ambev, ambos também na quinta, e TIM Brasil, na segunda, também divulgam seus números trimestrais.

4. Congresso volta do recesso

O Congresso volta do recesso na terça-feira, com a agenda econômica do governo como prioridade. A reforma tributária e o projeto do Carf aguardam votação no Senado. Já a proposta do arcabouço fiscal foi alterada pelos senadores e precisa ser novamente analisada pela Câmara, o que deve ocorrer no mês que está para começar, segundo o site da casa.

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A agenda ainda deve incluir a discussão do Orçamento de 2024 e as propostas para aumentar a arrecadação que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu para agosto.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi convidado a falar sobre juros no Senado. A data ainda não está confirmada, mas espera-se que seja depois da reunião do Copom.

5. Apple e Amazon divulgam resultados

Com os principais índices de ações americanos demonstrando resiliência, investidores aguardam os resultados trimestrais das big techs que ainda não o fizeram, notadamente da Apple, empresa mais valiosa do mundo, e da Amazon, ambas na quinta-feira depois do fechamento dos mercados.

Na terça, será a vez de duas empresas cuja demanda servem de termômetro para a demanda do consumidor: a Starbucks e a Uber.

- Com informações da Bloomberg Línea.

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