Bloomberg Línea — Ações na Europa e futuros nos EUA estenderam os declínios nesta manhã de quinta-feira (31) depois do dia mais movimentado da temporada de resultados, enquanto investidores assimilam os resultados considerados aquém do esperado das big techs Microsoft e Meta Platforms, bem como novos dados econômicos que obscureceram o cenário para cortes imediatos nas taxas do Federal Reserve.
Os futuros de ações dos EUA caíram após uma sessão de perdas em Wall Street, com os contratos do Nasdaq 100 recuando mais de 1%. A Microsoft e a Meta caíram cerca de 4% nas negociações pré-mercado.
A queda nas duas ações combinadas representou metade das perdas nos futuros do Nasdaq, de acordo com os cálculos da Bloomberg. A Amazon e a Apple divulgam seus resultados hoje.
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O dólar operava com estabilidade e a caminho de seu melhor mês em mais de dois anos, depois que os investidores reduziram ainda mais as apostas na flexibilização da política monetária do Fed diante de dados robustos de crescimento econômico e empregos na quarta-feira.
Hoje sai o indicador de preços mais observado pelas autoridades do Fed, o PCE de outubro, e, amanhã, os dados de empregos, o payroll, que serão decisivos antes da reunião do banco central da próxima semana.
A volatilidade implícita de uma semana no Bloomberg Dollar Spot Index subiu para o maior nível desde dezembro de 2022, indicando que os traders esperam oscilações bruscas no dólar durante a eleição presidencial dos EUA na próxima terça-feira (5).
“O sentimento está mais instável nesta manhã, com a continuação das consequências dos resultados decepcionantes da Microsoft e da Meta”, disse Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone Group.
“Os dados do PIB dos EUA de ontem mais uma vez evidenciaram o tema contínuo do ‘excepcionalismo dos EUA’, que ainda sustenta muito da força recente do dólar. Ainda acho difícil apostar contra o dólar em tal ambiente”, completou o estrategista.
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- BOJ mantém juro. O banco central japonês decidiu manter inalterada a taxa de juros em 0,25% diante do aumento das incertezas na economia e na política, depois que a coalizão governista sofreu sua pior derrota desde 2009.
- China perde mercado. Marcas chinesas lideradas pela BYD responderam por 8,5% do total de vendas de carros elétricos na Europa em setembro, abaixo do patamar de 9,6% um ano antes, em sinal de que as tarifas de importação impostas já surtem efeito.
- Meta aposta mais em IA. Em call com analistas, Mark Zuckerberg disse que a big tech vai ampliar os investimentos em IA e outras tecnologias futuristas, que vão se pagar no futuro, ainda que tenham impacto sobre os resultados no curto prazo.
(Com informações de Bloomberg News)