Rendimentos de Treasuries voltam a se aproximar de 4%, e futuros em NY recuam

Investidores reprecificam apostas para os juros depois da divulgação de dados de emprego muito acima do esperado na sexta, que indicam a resiliência da economia americana

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Bloomberg Línea — Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de dois e dez anos estão quase de volta ao patamar de 4% - um nível não visto desde agosto -, depois que um relatório de empregos surpreendente forçou os traders a reavaliar as perspectivas para a política monetária.

Os títulos caíram nesta manhã de segunda-feira (7), estendendo uma queda acentuada no fim da semana passada, depois que os dados de emprego (payroll) de setembro, muito acima do esperado pelo consenso de mercado, reduziram as chances de uma nova grande redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O rendimento de dois anos subiu até cinco pontos base, chegando a 3,98%.

As ações europeias apagaram os ganhos iniciais desta segunda e os futuros de ações dos EUA caíram, enquanto a tensão persistente no Oriente Médio também reduziu o otimismo em relação à economia dos EUA.

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O índice Stoxx 600 permaneceu praticamente estável. O euro, a libra esterlina e a maioria das moedas asiáticas enfraqueceram em relação ao dólar. O preço do petróleo bruto recuou.

O mercado está sendo moldado por sinais de resiliência na maior economia do mundo, após os empregadores adicionarem o maior número de empregos nos EUA em seis meses, em setembro. As apostas em um cenário de “no landing” - em que o ímpeto de crescimento dos EUA permanece intacto e a inflação volta a acelerar — têm potencial para fortalecer o dólar enquanto provocam uma queda em ativos de refúgio.

Investidores também estão cautelosos em relação aos crescentes riscos geopolíticos, enquanto o mundo aguarda a possível resposta de Israel ao ataque de mísseis do Irã na semana passada.

O relatório de empregos dos EUA na sexta-feira (4) apontou para uma situação de emprego inesperadamente forte, o que também mantém um cenário de pouso suave - soft landing - ainda em pauta, escreveu Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone, em uma nota.

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- Estímulos na China. O governo convocou uma entrevista nesta terça que vai incluir o chairman da Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma, Zheng Shanjie, para falar do pacote de estímulo à economia. Há a expectativa de anúncio de novas medidas.

- IPO no Japão. No que pode ser a maior oferta inicial de ações desde o SoftBank em 2018, a Tokyo Metro Co., uma das duas operadoras do metrô da capital japonesa, anunciou a faixa provisória de ações, o que pode levar a um IPO que pode movimentar US$ 2,35 bilhões.

- Um ano de ataque a Israel. No aniversário de um ano do ataque surpresa do Hamas que matou 1.200 pessoas e fez outras 250 de reféns, o país liderado por Benjamin Netanyahu bombardeou alvos do grupo terrorista ao norte da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que atacou o sul do Líbano.

(Com informações de Bloomberg News)

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🔘 As bolsas na sexta (04/10): Dow Jones Industrials (+0,81%), S&P 500 (+0,90%), Nasdaq Composite (+1,21%), Stoxx 600 (+0,44%), Ibovespa (+0,09%)