Queda do petróleo se aprofunda com temor de desaceleração global

Depois de uma forte alta no terceiro trimestre, a cotação internacional se enfraqueceu na última semana

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Bloomberg — O petróleo, que ontem (4) registrou a maior queda em mais de um ano, estendeu o declínio nesta quinta-feira (5) diante de receios de que uma desaceleração do crescimento global prejudique a demanda.

O barril de West Texas Intermediate (WTI) chegou a cair 2,2% em Nova York, para US$ 82,35, depois do tombo de 5,6% na véspera. Dados do governo americano mostraram que os estoques de gasolina aumentaram e a demanda caiu.

A cotação do petróleo também quebrou pisos técnicos importantes na quarta-feira, com o Brent e o WTI negociados abaixo da média móvel de 50 dias pela primeira vez desde julho. A volatilidade também aumentou e agitou o mercado de opções.

Após uma forte alta no terceiro trimestre — com o WTI ultrapassando US$ 95 o barril no final de setembro — o rali foi abalado pelo crescente pessimismo com juros altos nos EUA e outras grandes economias. O Citigroup alertou que a alta do petróleo estava prestes a se reverter por conta do retorno do mercado a um superavit de oferta.

O recuo do petróleo, se for sustentado, ajudará a esfriar as pressões inflacionárias que preocupam o Federal Reserve.

“O atual ambiente de juros, juntamente com a força do dólar, só trouxe ventos contrários mais fortes para o mercado”, disse Warren Paterson, chefe de estratégia de commodities do ING.

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