Powell puxa ouro a novo recorde com sinalização de corte dos juros

O metal precioso atingiu um pico de US$ 2.304,96 a onça-troy nesta quinta-feira (4), com suporte também de aumento dos riscos geopolíticos

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Bloomberg — O ouro bateu outro recorde acima de US$ 2.300 diante da perspectiva de flexibilização monetária do Federal Reserve e da demanda pelo metal precioso por parte de bancos centrais.

O metal precioso atingiu um pico de US$ 2.304,96 a onça-troy nesta quinta-feira (4), depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou na quarta (3) que provavelmente será apropriado começar a reduzir os juros “em algum momento este ano.”

Já a prata atingiu o nível mais alto em quase três anos. Juros mais baixos costumam ser positivos para metais preciosos porque eles não pagam rendimentos.

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O preço do ouro também recebe suporte adicional do aumento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio e na Ucrânia, assim como de compras de bancos centrais.

Os dados mais recentes compilados pelo Conselho Mundial do Ouro mostram que os bancos centrais continuaram a aumentar suas reservas em fevereiro, o nono mês consecutivo de acumulação. A China lidera as compras, e a Índia e o Cazaquistão também são compradores ávidos.

Mesmo assim, o rali do ouro deixa alguns analistas perplexos, especialmente porque a taxas reais dos Treasuries americanos permanecem elevadas, algo que normalmente é um vento contrário para o ouro.

“Eu com certeza acho que se continuarmos assim, deve haver algum tipo de turbulência ou uma correção”, disse Kyle Rodda, analista sênior da Capital.Com. “Não parece haver uma razão particularmente boa e fundamental que seja clara e disponível a todos para sustentar a tendência.”

O avanço do ouro elevou seu índice de força relativa de 14 dias para 81, bem acima do nível de 70 que alguns investidores consideram uma indicação de que os preços subiram muito, rápido demais.

Os investidores acompanharão de perto os dados de criação de emprego nos EUA na sexta-feira (5), o payroll, para obter mais pistas sobre a força da economia americana e a trajetória provável da política monetária. Os economistas esperam dados fortes, segundo pesquisa da Bloomberg.

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