Bloomberg — O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que está confiante de que o seu relacionamento com o próximo governo dos EUA, sob o presidente Donald Trump, será semelhante ao que atualmente com a administração de Joe Biden. A avaliação inclui o indicado para o Tesouro, Scott Bessent.
“Espero plenamente que tenhamos os mesmos tipos gerais de relacionamentos, institucionais, por exemplo, com o Conselho de Consultores Econômicos, mas o mais importante, com o Departamento do Tesouro”, disse Powell na quarta-feira (4), no DealBook Summit do jornal New York Times, em Nova York.
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Falando sobre Bessent, Powell disse que estava “confiante de que terei com ele o mesmo tipo de relacionamento que tive com outros secretários do Tesouro”.
Bessent apoiou a ideia de nomear um presidente “alternativo” para o Fed bem antes do final do mandato de Powell em 2026, uma medida que efetivamente minaria a influência do líder da instituição nos mercados financeiros.
Powell disse que não acreditava que o novo governo fosse levar essa ideia adiante. ”Não creio que isso esteja em pauta”, disse ele.
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Com relação à política monetária, o presidente do Fed disse que ele e seus colegas podem se dar o luxo de serem cautelosos ao reduzirem as taxas em direção a um nível neutro - um nível que não estimule nem retarde a economia.
O Fed emitirá sua próxima decisão de política monetária após a reunião de 17 e 18 de dezembro.
Powell acrescentou que a inflação ainda não está de volta à meta de 2% do banco central, mas ele não vê razão para que a economia não continue crescendo.
A medida preferida do Fed para a inflação subjacente acelerou em outubro, atingindo sua maior leitura mensal desde março, oferecendo suporte para uma abordagem cautelosa em relação a novas reduções.
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No mês passado, Powell descreveu o mercado de trabalho como sólido e disse que a economia em geral não estava sinalizando que os formuladores de políticas precisavam se apressar em reduzir as taxas.
Espera-se que um relatório do mercado de trabalho a ser divulgado na sexta-feira (6) mostre que as contratações aumentaram e que a taxa de desemprego se manteve estável em novembro, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg com economistas.
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