Bloomberg — A demanda global por petróleo atingiu nível recorde em meio ao consumo robusto na China e outros mercados, o que coloca mais pressão sobre os preços, disse a Agência Internacional de Energia.
O consumo mundial de petróleo atingiu a média de 103 milhões de barris por dia pela primeira vez em junho, e pode subir ainda mais em agosto, disse a agência. À medida que a Arábia Saudita e outros grandes produtores restringem a oferta, os mercados de petróleo ficam significativamente apertados.
“A demanda por petróleo está atingindo níveis recordes, impulsionada pelos voos de férias, aumento do uso de petróleo na geração de energia e aumento da atividade petroquímica chinesa”, disse a agência sediada em Paris. “Os estoques de petróleo e derivados caíram acentuadamente.”
O petróleo atingiu uma máxima de seis meses esta semana em Londres, com o barril do tipo Brent – referência para a Petrobras (PETR3; PETR4) – negociado acima de US$ 88 na quinta-feira (10), antes de recuar um pouco no final da sessão. A cotação já saltou 20% desde o final de junho.
Durante a pandemia, a queda da demanda mundial por petróleo estimulou apostas de que o consumo poderia estar próximo de um pico, em meio à popularidade do trabalho remoto e o apoio de vários governos à energia renovável para evitar mudanças climáticas catastróficas.
Mas os dados da AIE mostram que, apesar das crescentes evidências de um planeta em aquecimento, como as ondas de calor e incêndios florestais deste verão no hemisfério norte, o uso do petróleo está mais forte do que nunca.
A China será responsável por 70% do crescimento da demanda este ano.
A transição energética parece que surtirá efeito no próximo ano, quando o crescimento da demanda global cairá pela metade, para um acréscimo de 1 milhão de barris por dia, devido à maior eficiência dos veículos e à adoção de carros elétricos, disse a AIE.
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