Petróleo supera os US$ 85 com riscos geopolíticos e cortes da Opep

Patamar de preço é o maior desde outubro; fundos de Wall Street apostam cada vez mais na alta da commodity

Futuros de WTI já subiram 19% este ano; rali ameaça impulsionar a inflação em ano de eleição nos EUA
Por Yongchang Chin
02 de Abril, 2024 | 09:02 AM

Bloomberg — Os futuros de petróleo ultrapassaram os US$ 85 pela primeira vez desde outubro em Nova York, o mais recente marco de um rali impulsionado por cortes da Opep+, demanda forte e riscos geopolíticos crescentes.

O barril de WTI subiu até 2,1%, para US$ 85,46, enquanto o de Brent superou os US$ 89 em Londres.

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As restrições de produção impostas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados limitam a oferta em um momento de consumo global alto.

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Ao mesmo tempo, a guerra no Oriente Médio injeta um prêmio de risco, intensificado por um ataque aéreo israelense à embaixada do Irã na Síria.

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Os fundos de Wall Street cada vez mais apostam na alta do petróleo, com posições compradas líquidas em Brent no nível mais alto dos últimos 13 meses, segundo dados da bolsa de derivativos ICE Futures Europe.

Os contratos mais próximos são negociados com fortes prêmios em relação aos de prazos mais longos, indicando que os operadores estão dispostos a pagar mais para garantir barris para entrega imediata.

“Uma escalada de tensão no Oriente Médio coincidiu com os fundamentos mais firmes do mercado de petróleo”, disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING.

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Gráfico: Petróleo bruto sobe para US$ 85 o barril

“O mercado está ficando mais apertado graças aos cortes de oferta da Opep+, o que é evidente com a força que temos visto nos spreads de prazo.”

Os futuros de WTI já subiram 19% este ano. O rali ameaça impulsionar a inflação em ano de eleição nos EUA, com os americanos gastando mais para encher o tanque, e coloca em risco as perspectivas de corte de juros do Federal Reserve.

A Opep+ deve manter a atual política de produção em uma reunião de revisão na quarta-feira (3). Isso deve levar a um déficit de oferta até o final do ano, segundo a BloombergNEF.

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