Bloomberg — O petróleo subiu depois que a Arábia Saudita aumentou inesperadamente os preços de sua commodity para compradores na Ásia, e enquanto investidores aguardam pistas sobre a política monetária dos Estados Unidos pelo Federal Reserve.
O Brent (usado como referência para petroleiras globais, como a Petrobras) chegou a ser negociado acima de US$ 82 o barril depois de cair quase 2% nas duas primeiras sessões desta semana.
A decisão de Riad de elevar os preços para a Ásia seguiu um anúncio da Opep+ de que estenderia os cortes na produção até junho.
O presidente do Fed, Jerome Powell, está programado para depor perante o Congresso nesta quarta-feira (6). Embora seja esperado que ele apoie uma abordagem cautelosa para reduzir as taxas de juros no curto prazo, Powell pode deixar aberta a possibilidade de reduções no final do ano caso a inflação diminua ainda mais.
O benchmark global do petróleo Brent já sobe quase 7% este ano, apoiado pelos cortes da Opep+, tensões no Oriente Médio e custos mais altos de transporte devido a interrupções no transporte marítimo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados concordaram no domingo (3) em estender os cortes na produção existentes até o fim de junho, potencialmente apertando o mercado e reduzindo os estoques.
Os estoques dos EUA também estão em foco. O American Petroleum Institute informou que os estoques nacionais aumentaram 400.000 barris na semana passada, de acordo com pessoas familiarizadas com os dados.
Embora esse seja um incremento relativamente pequeno, será a sexta semana consecutiva de ganhos se confirmado pelos dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
Spreads indicam condições sólidas. O spread imediato do Brent - a diferença entre seus dois contratos mais próximos - foi a 75 centavos de dólar por barril em backwardation. Esse é um padrão de alta que mostra que os compradores estão dispostos a pagar mais pelos barris de curto prazo. Há um mês, a diferença era de 32 centavos.
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