Payroll: EUA criam 275 mil empregos em fevereiro, acima do esperado

Mediana de projeções apontava a criação de 200 mil vagas no mês passado, segundo consenso da Bloomberg; taxa de desemprego ficou em 3,9% no período

Taxa de desemprego também subiu após três meses no mesmo patamar, para 3,9%, segundo o departamento de estatísticas
08 de Março, 2024 | 10:49 AM

Bloomberg Línea — A economia dos Estados Unidos criou 275.000 vagas de emprego em janeiro, enquanto a taxa de desemprego ficou em 3,9%, mais alta depois de três meses no mesmo patamar, segundo o relatório de folha de pagamento (payroll) divulgado nesta manhã de sexta-feira (8) pelo departamento de estatísticas do país. Os dados reforçam a resiliência do mercado de trabalho americano.

O resultado superou o consenso das previsões de economistas do mercado financeiro. Estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg apontava para a criação de 200.000 vagas no último mês e para taxa de desemprego estável em 3,7% pelo quarto mês consecutivo.

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Uma métrica muito observada avançou abaixo do esperado: o salário médio subiu 0,1% em fevereiro versus janeiro, enquanto a estimativa era de 0,2%.

Nesta semana, em depoimento ao Congresso - especificamente ao Senado, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco não está muito longe do estágio de confiança para começar a cortar as taxas de juros. No mercado, as apostas estão concentradas no início desse ciclo em junho.

Entre os principais grupos de trabalhadores, as taxas de desemprego para mulheres adultas (3,5%) e adolescentes (12,5%) aumentaram no mês passado.

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As taxas de desemprego para homens adultos (3,5%), brancos (3,4%), negros (5,6%), asiáticos (3,4%) e hispânicos (5,0%) mostraram pouca ou nenhuma mudança em fevereiro.

Os índices futuros de Wall Street operavam em queda por volta das 10h35, no horário de Brasília. O Nasdaq futuro tinha queda de 0,14%, enquanto S&P 500 futuro caía 0,05%.

- Em atualização.

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.