Bloomberg — O preço do petróleo voltou a subir nesta quinta-feira (27) depois que os estoques de petróleo dos Estados Unidos diminuíram e o Federal Reserve indicou que mais aumentos de juros dependerão dos dados econômicos.
A cotação do barril de West Texas Intermediate (WTI) avançou até 1,3% nesta quinta-feira em Nova York, para US$ 79,80. A cotação já subiu 18% desde meados de junho.
Cresce a expectativa de que o Fed está chegando ao fim de seu ciclo de aperto monetário, depois de elevar os juros pela 11ª vez desde março de 2022 na quarta (26). O dólar também se enfraqueceu frente às principais moedas, o que torna as commodities mais acessíveis para a maioria dos compradores internacionais.
Do lado da oferta, os estoques de petróleo nos EUA caíram em 600 mil barris na semana passada, e os volumes armazenados no polo de distribuição em Cushing, no estado de Oklahoma, encolheram para o nível mais baixo desde maio, segundo dados do governo.
A recuperação do preço do petróleo é em grande parte sustentada pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), e sinais de que as exportações marítimas da Rússia estão caindo.
“Do ponto de vista dos fundamentos, a recente alta de preços foi impulsionada principalmente pelos cortes voluntários de produção da Opep+”, disseram analistas do UBS, incluindo Giovanni Staunovo. “Nos próximos meses, os mercados de petróleo devem ficar mais apertados ainda.”
A Arábia Saudita deve estender seu corte de 1 milhão de barris por dia até setembro para dar suporte à recuperação dos preços, segundo um levantamento da Bloomberg junto a operadores, analistas e refinarias. Com a Rússia também reduzindo produção, bancos como o Standard Chartered antecipam um cenário de déficit de oferta cada vez maior nos próximos meses.
Os mercados globais de gasolina também dão sinais de alta, com demanda crescente. Os contratos futuros do combustível saltaram em Nova York para a cotação mais alta em nove meses.
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