Para Morgan Stanley, rendimentos de títulos dos EUA ofuscaram temporada de balanços

Resultados positivos de empresas americanas não foram acompanhadas de uma reação forte nos preços das ações, segundo Michael Wilson, do Morgan Stanley

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Bloomberg — A alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano ofuscam uma temporada de balanços positiva para as empresas americanas, de acordo com o estrategista Michael Wilson, do Morgan Stanley (MS).

Wilson disse que embora a percentagem de empresas que superaram as estimativas de lucro dos analistas tenha sido “forte”, a reação nos preços das ações foi fraca, em meio a valuations inflacionados após um rali recorde este ano.

“Acreditamos que isto se deve à pressão sobre os valuations por parte das taxas mais elevadas, uma condição que poderá permanecer conosco no curto prazo”, a menos que o Federal Reserve sinalize uma virada dovish em sua reunião desta semana, escreveu Wilson.

Dados compilados pela Bloomberg Intelligence mostram que 81% das empresas do S&P 500 superaram as estimativas de lucro do primeiro trimestre até agora. Mesmo assim, o preço médio por ação mal superou o índice de referência no dia dos respectivos resultados – o pior desempenho desde o quarto trimestre de 2020.

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Depois de ter subido até 28% desde o final de outubro devido ao otimismo de que o Fed reduziria juros este ano, o S&P 500 fez uma pausa em abril, diante de dados que mostraram inflação persistente.

Com operadores agora esperando apenas um corte de juros em 2024, a pressão tem recaído sobre os lucros das empresas para impulsionar a recuperação.

Wilson disse que a relação preço/lucro (PL) enfrenta um potencial de queda de cerca de 7%, mesmo que os juros permaneçam nos níveis atuais durante os próximos dois a três meses.

Um aumento para 5% da taxa do Treasury de 10 anos até meados de julho aumentaria essa tendência de baixa para cerca de 11%. Mas ele espera que a pressão das taxas diminua depois de junho.

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