Bloomberg — O ouro se mantém perto de uma máxima histórica, com as atenções voltadas para o próximo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole.
O metal precioso ultrapassou os US$ 2.500 a onça pela primeira vez na sexta-feira (16), seguindo uma tendência de alta que fez a commodity subir mais de 20% no acumulado do ano.
Nesta segunda-feira (19), o ouro se mantém ligeiramente acima desse marco, embora um pouco abaixo do recorde recente.
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O discurso de Powell na sexta-feira (23), no simpósio do banco central americano em Jackson Hole, em Wyoming, é um foco importante para traders que buscam pistas sobre a trajetória dos cortes antecipados pelo Fed – um dos principais fatores por trás da forte valorização do ouro.
Taxas de juros mais baixas são frequentemente vistas como benéficas para o metal precioso, que não rende juros.
Outros dados econômicos a serem divulgados nesta semana, incluindo pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, também devem dar mais clareza sobre a política do banco central.
“As correções muito superficiais durante o rali do ouro nos últimos meses destacam sua força subjacente”, segundo um relatório do Saxo Bank divulgado nesta segunda-feira. “Mas agora é esperada alguma consolidação, enquanto o mercado aguarda Jackson Hole e o início de um ciclo de cortes de juros nos EUA.”
Além das expectativas de redução dos juros, o rali do ouro tem sido impulsionado por grandes compras por bancos centrais.
O metal precioso também é apoiado pela demanda de investidores que veem o ativo como porto seguro em meio aos conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.
“Vemos o ouro em uma média de US$ 2.380 no terceiro trimestre, e os preços atingindo o pico no quarto trimestre, em US$ 2.450 a onça, resultando em uma média anual de US$ 2.301 a onça”, escreveu Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING Bank, em um relatório na sexta-feira.
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