Opep+ está perto de resolver disputa que adiou reunião e fez o petróleo cair

Grupo de países exportadores de petróleo e aliados buscam entendimento sobre as quotas de produção para países africanos; questão levou ao adiamento de reunião neste fim de semana

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Bloomberg — A Opep+ está perto de resolver uma disputa sobre quotas de produção para os países africanos que forçou o grupo a adiar uma reunião crucial e puxou os preços do petróleo para baixo.

O grupo, que reúne a Opep e países aliados como a Rússia, trabalha para ajustar as metas de 2024 estabelecidas para Angola e Nigéria, a fim de aliviar o desconforto manifestado nos últimos dias, segundo representantes.

O impasse obrigou a Arábia Saudita e seus parceiros a adiarem para a semana que vem a reunião de definição de políticas em Viena que estava marcada para este fim de semana. As negociações continuam e o acordo parece estar ao alcance, disseram autoridades nesta sexta-feira (24).

O desentendimento girou em torno de um mal-estar que já vinha desde junho, quando Angola, Congo e Nigéria foram pressionados pelo ministro da energia saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman, a aceitarem metas de produção reduzidas para 2024.

Uma resolução da disputa permitiria que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros se concentrem em discutir o quanto precisariam restringir a oferta em 2024 para dar sustentação aos preços.

A expectativa é de que os dois maiores produtores, Arábia Saudita e Rússia, prolonguem seus cortes voluntários de pouco mais de 1 milhão de barris por dia durante o primeiro trimestre.

Eles também poderiam anunciar cortes mais profundos para combater as apostas especulativas na queda de preço, segundo nomes como o investidor Pierre Andurand e o RBC Capital Markets.

A cotação do barril de Brent caiu cerca de 15% nos últimos dois meses, para menos de US$ 82 nesta sexta-feira, corroendo as receitas do cartel. A Arábia Saudita pode precisar de um preço perto de US$ 100 para evitar que as contas públicas do reino entrem em déficit, segundo a Bloomberg Economics.

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